A Universidade Estadual do Ceará (UECE) formulou um programa de extensão para agir como um agente contra o preconceito e a discriminação enfrentada por homens e mulheres trans dentro e fora do ambiente acadêmico do estado. O nome do programa é TransPassando.
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Desde 2015, o TransPassando une cursinho pré-vestibular, outros cursos e demais atividades para o combate a transfobia, todos gratuitos. Ele ajudam na capacitação profissional, autonomia e consequente inserção da população trans nas universidades e no mercado de trabalho formal. Segundo a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) , 90% das travestis e mulheres trans estão na prostituição hoje em dia, por falta de outras oportunidades profissionais.
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Quem representa o programa é a professora de filosofia Ilana Viana Amaral, e todas as atividades também estão abertas a LGB cis e pessoas em vulnerabilidade social. Ainda assim, a população trans é a mais beneficiada, e é uma relação de troca: há professores e outros membros da equipe também transsexuais e transgêneros. Mais de 50 pessoas já participaram até o momento, e 30 alunos estão frequentando as aulas atualmente. Há também atividades como rodas de conversa e palestras fora da universidade, para conscientizar os participantes sobre questões de gênero e transfobia.
Graduanda em Filosofia e mulher trans, Syssa Ádley, afirma que o programa é uma ajuda, mesmo que não direta. “Não que o projeto tenha encaminhado diretamente, mas o fato de terem acesso à capacitação profissional, receber declarações que fazem parte do TransPassando, que tem o objetivo de combater a transfobia e possibilitar a inclusão de pessoas trans, democratizou o acesso de algumas pessoas ao mercado formal de trabalho” afirmou ela.
O TransPassando é voluntário e sem filiação política, e está aberto ao financiamento popular. Para doações monetárias ou de material, é só acessar a página do programa para mais informações.