O programa Transcidadania foi criado em 2015, durante o mandato do então prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), para oferecer um resgate da escolaridade da população trans na cidade. Atualmente, porém, surgiram denúncias de que o programa está sofrendo cortes durante a nova gestão de João Dória (PSDB).
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Ativistas e políticos informaram que houveram cortes significativos nas bolsas oferecidas para os participantes, incluindo um corte de 50% no número de vagas ofertadas. Antes, eram 200 vagas, e agora são apenas 100. As denúncias foram feitas durante uma Audiência Pública na Câmara Municipal de São Paulo, na última quarta-feira (28). As informações são do site Brasil de Fato.
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A presidenta do grupo de Resistência de Travestis Ativistas de São Paulo (Gretta), Aline Marques – também beneficiária da primeira turma do Transcidadania – criticou o fato. “Essa nova geração diminuiu o quadro de meninas atendidas, alegando um recomeço. Mas a gente não deveria recomeçar um programa que já está caminhando, e sim melhorá-lo”, afirmou.
“Eu sou a última travesti que passou pelo Transcidadania e está trabalhando. A maioria acabou voltando para as ruas”, também contou. Segundo ela, não adianta ter um programa social por dois anos e depois abandonar seu progresso. Atualmente trabalha no Centro LGBT Luana Barbosa dos Santos. Até o momento, a Secretaria Municipal dos Direitos Humanos ou a Prefeitura não se manifestou a respeito das denúncias.