Duas mulheres lésbicas espanholas enganaram toda a Igreja Católica, e conseguiram se casar em pleno ano de 1901, na única cerimônia entre pessoas do mesmo sexo celebrada por uma congregação cristã que se tem registro na Espanha. Esta aventura ousada foi resgatada e será transformada em um filme.
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Marcela Garcia Ibeas e Elisa Sánchez Loriga se conheceram em um curso para professoras na Corunha. Logo, engataram um relacionamento que foi descoberto pela mãe da primeira citada e acabou sendo enviada para Madrid com o intuito de separá-las.
Mas o destino se encarregou de juntá-las novamente, e tempos depois as duas se reencontraram ao começarem a trabalhar em escolas próximas. Neste meio tempo, Marcela acabou engravidando de um homem não identificado, e com isso, elaboraram um plano para que conseguissem casar.
Marcela anunciou que iria oficializar a união civil com o primo, Mário, que na verdade era Elisa. Para isso, ela cortou os cabelos deixando-os mais curtos, método para se assemelhar melhor como a aparência de um homem e após o seu batizado, casou com a amada, no mesmo dia.
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Porém, a farsa não durou muito tempo e toda a tramoia das duas foi exposta no jornal La Voz de Galícia, com direito à fotografia do casamento na primeira página sob a manchete “Um casamento sem noivo”.
Com a verdade revelada, as mulheres fugiram para porto, onde Marcela deu à luz e depois seguiram para Buenos Aires, em 1902, com medo de serem extraditadas de Portugal. Apesar do escândalo, o casamento não foi anulado pela igreja e nem pelo Registro Civil, tornando-se o primeiro casamento gay celebrado na Espanha.
E toda essa história será contada agora em um filme, produzido pela Isabel Coixet. Intitulado “Elisa y Marcela”, o filme está em fase de pré-produção e deve ter o seu lançamento ainda este ano, declarou Isabel à BBC.