O casal gay que foi vítima de um ataque homofóbico em um petshop, em Birigui, no interior de São Paulo, afirmou que se sentiu humilhado após as ofensas de uma mulher presente na loja na última sexta-feira (25).
Em entrevista ao portal G1, Guilherme Franceschini Simoso, uma das vítimas, contou que estava no estabelecimento com o namorado, Eric Cordeiro Cavaca, quando a mulher entrou no ambiente sem o uso de máscara, enquanto ouvia músicas religiosas.
“Ela disse para os funcionários que não acreditava no coronavírus. Nós estávamos mexendo no celular e não demos bola. Mas ela passou a falar mal das universidades federais e foi se aproximando de nós”, explicou Guilherme, que cursa administração.
Em seguida, a mulher começou a falar que as faculdades federais eram responsáveis por doutrinar os estudantes a se tornarem homossexuais. “Ela disse que tinha virado moda ser gay e continuou com as agressões. Meu namorado a questionou sobre fato de ela ter algo contra os homossexuais e a alertou que era crime”, conta Guilherme.
O casal, então, decidiu gravar com o celular a exaltação da fanática religiosa, afirmando que ela chegou a pegar em um dos seus braços, na tentativa de agredi-lo. “Foi uma situação humilhante, degradante e revoltante. Ninguém tem que passar por isso. Ninguém está pedindo para que ela ame a comunidade LBGT, mas o direito dela termina quando começa o meu”, conta Guilherme.
Após o ataque homofóbico, o casal decidiu registrar um boletim de ocorrência para que a mulher da gravação fosse investigada pelo crime de homofobia.