Forças de segurança do Egito prenderam sete pessoas que portavam – pasmem! – bandeiras do arco íris, símbolo da comunidade LGBT. É que o país africano é uma das nações do mundo em que a homossexualidade ainda é considerada crime. O ato aconteceu nesta segunda-feira (25), de acordo com uma fonte ligada a segurança à Agência Efe.
O grupo passou a ser procurado após exibir a bandeira durante um show da banda libanesa Mashrou Leila no Cairo, na sexta-feira passada (22). Os investigadores teriam identificado os autores do “crime”, através da análise de uma câmera de segurança.
Os agentes que apuram o caso, ainda afirmaram que os sete detidos também são acusados por “promover a libertinagem e a homossexualidade”. Após a prisão, o caso foi remitido à Procuradoria Geral, onde serão interrogados.
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O Colégio de Músicos do Egito enviou ao seu conselho diretivo, um pedido de proibição da realização de shows da Mashrou Leila no país, sob o argumento de que a banda propaga “ideias homossexuais”, apontando que um dos membros do conjunto musical é gay, e por este motivo, incentivou a presença de outros LGBTs na apresentação.
“Se tivéssemos sabido da homossexualidade deste membro, teríamos proibido o show antes da sua realização”, ressaltou o secretário-geral do colégio, Ahmad Ramadan. Naturais do Líbano, a Mashrou Leila é uma banda de indie e pop, com bastante apelo no Oriente Médio, tendo se apresentado em vários países, como no próprio Egito, em 2011, após a revolução de 25 de janeiro.