Um estudo publicado pela revista britânica The Lancelet, na última segunda-feira (24), revelou o resultado positivo para a aplicação única de uma injeção antirretroviral no tratamento do combate ao vírus HIV, em dose mensal. A novidade visa substituir o atual método adotado para os soropositivos de ingestão de um comprimido diário.
Os pesquisadores injetaram duas moléculas antirretrovirais no intervalo de quatro, ou oito semanas, durante dois anos com 230 pacientes, portadores do vírus HIV. O levantamento foi feito com pessoas em diferentes níveis da doença, assim como os que apresentam carga viral indetectável.
Ao final, 87% daqueles que receberam o medicamento há cada quatro semanas apresentaram carga viral indetectável, enquanto os que recebiam a injeção no período de dois meses teve uma resposta de 94%. O resultado também foi comparado aos pacientes que permaneceram fazendo o uso tradicional de tomar um comprimido por dia.
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O diretor científico da Johnson & Johnson – que patrocinou o experimento – Paul Stoffels acredita que o tratamento “poderá oferecer uma alternativa eficaz para pessoas que alcançaram uma carga viral indetectável, mas que têm dificuldade para seguir um tratamento oral diário para controlar o HIV”.
“Será preciso escolher entre o conforto de não ter que seguir um tratamento oral e os inconvenientes associados a um tratamento antirretroviral de ação prolongada por injeção”, acrescentou. A maioria dos pacientes que se submeteram ao tratamento, sentiram efeitos colaterais como dores no local da aplicação, dor de cabeça e diarréia.