A travesti Cintura Fina, conhecida como a Marilyn Monroe dos detentos pela imprensa, foi figura marcante na provinciana Belo Horizonte dos anos de 1950.
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Nascida no Ceará e vivendo na região mineira, Cintura Fina não passava despercebida. Especialmente nos arredores da boemia dos bairros Bonfim e Lagoinha, ela comprou briga com uns, mas também defendia as prostitutas. Na região, também foi diversas vezes detida. Na época, sua identidade que transitava no gênero masculino e feminino causava incômodo na sociedade. Figura marcante, ela está marcada na memória mineira.
Agora, Cintura Fina tem sua vida retratada na obra‘Enverga, mas não quebra’, escrito pelo pesquisador Luiz Morando, especialista em memória LGBTQIA+. O livro foi publicado pela editora “O Sexo da Palavra”, e a obra já está à venda no site osexodapalavra.com.
Cintura Fina precisou encarar a prostituição como acontece com a maioria da população travesti para sobrreviver. Ousada e marcante para os anos 50, Cintura Fina não aceitava que alguém questionasse sua identidade sexual. Ter aparência que conjugava traços femininos e masculinos não era aceito por aquela sociedade. Cintura Fina morreu aos 62 anos, na cidade mineira de Uberaba, onde passou os últimos 15 anos de sua vida.
Livro Enverga, mas não quebra: Cintura Fina em Belo Horizonte
Editora: O Sexo da Palavra
340 páginas; R$ 58,00
À venda em www.osexodapalavra.com