A cartunista Laerte Coutinho venceu, em segunda instância, o processo que move contra o jornalista Reinaldo Azevedo. A desenhista transgênero entrou com a ação, após comentários ofensivos, machistas e transfóbicos, publicados na revista Veja e também na rádio Jovem Pan.
A ação se refere às agressões gratuitas que Azevedo fez contra artista, em 2016, após a publicação de uma charge, na qual Laerte ironizava os apoiadores do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Como resposta, ela foi chamada de termos como “fraude de gênero”, “homem-mulher”, “baranga moral” e “falsa senhora”.
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Em audiência realizada nesta terça-feira (24), ficou definido que a indenização, no valor de R$ 100 mil, já estipulada na primeira decisão, seja mantida. Coutinho foi representada pelos advogados Paulo Iotti, Marcia Rocha e Ana Carolina Borges. O jornalista pode recorrer em última instância, em Brasília.
A quantia será doada para a ONG Mães pela diversidade, formada por pais de LGBTs que lutam contra a discriminação. “A primeira coisa que faremos é a primeira reunião do Mães pela Diversidade Nacional aqui em São Paulo com a presença da coordenação dos 23 Estados onde estamos para descobrir quem somos, o que queremos, para onde vamos, e, claro, nesse encontro vai ter homenagem mais que merecida para nossa Laerte”, contou Majú Giorgi, presidente a entidade em sua página no Facebook.