Em Outro Lado do Paraíso, nova novela das 21h da Globo, Eriberto Leão vive o psiquiatra Samuel, cobiçado pelas mulheres, mas vive um dilema, por ser gay enrustido. O médico marca encontros com outros homens através de aplicativos, mas por não se aceitar vive uma tortura por isso.
Em entrevista à coluna do jornalista Bruno Astuto, da revista Época, o ator fez uma análise do personagem no folhetim de Walcyr Carrasco. “É um personagem com muitas camadas, mas que vive na mentira. Ele não aceita ser o que é, tenta camuflar isso. E acabou criando uma figura social que ocupa mais espaço do que a pessoa que ele realmente é”, observou.
Eriberto também revelou que não precisou fazer muito laboratório para compor o personagem. “Tudo de que eu preciso está no texto. É um homem que mal se conhece, apesar de ser psiquiatra. Existe uma confusão interna. Quem vive nessa prisão dos desejos, não tem como se apaixonar. ‘Só a verdade liberta’, já dizia Jesus Cristo.”, citou.
“Como a novela é bem realista, acho que vai tocar na seguinte questão: quantas pessoas vivem a verdade no dia a dia? Acho melhor assumir a dor do que negar. É um grande desafio na minha carreira”, finalizou.