O cineasta gay Fernando Grostein Andrade está contando pra todo mundo que não quer ver seu irmão, Luciano Huck, como candidato à Presidência do país.
“Não apoio essa ideia”, disse o cineasta. “Meu irmão é uma pessoa pela qual eu tenho muito carinho, que eu acho que pode contribuir bastante para a vida política do Brasil estando fora da política. Quero ele longe da política e mais perto da família.”
Enquanto o jovem diretor visitava as locações de seu próximo filme, Huck recebia no Rio, diversas celebridades que foram convidadas para o casamento da top model brasileira Michelle Alves e o empresário Guy Oseary. Entre elas, inclusive a rainha Madonna.
Nas últimas semanas, Huck veio mantendo encontros com economistas e empresários que estão entusiasmados com a possível candidatura do apresentador. Embora declarar que não aprova os planos políticos do irmão, Fernando também acredita que Huck poderia governar para os mais pobres.
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“A primeira pessoa que me levou a uma favela na vida foi o Luciano. Apesar de ele ser amigo de várias pessoas com bastante dinheiro, é uma pessoa que conhece os presídios, conhece as favelas e tem uma visão bastante aberta sobre o mundo e as pessoas. Não acho que ele seja de direita.” explica.
Fernando revela que vem tentando convencer o irmão a não se candidatar, reiterando que não “apoia, endossa ou acha legal” a ideia da candidatura, que acredita ser um “equívoco”. “Falamos sobre isso, sempre comigo pedindo, pelo amor de Deus, para ele não fazer isso.”
O nome de Luciano Huck tem sido considerado uma alternativa ao tucano João Doria, o prefeito de São Paulo, que vem tendo problemas em sua possível candidatura à presidência.
Fernando endossa as recentes criticas feitas a Dória pela polêmica em torno da “ração humana”, ataca a situação política do país que atravessa um “momento tenebroso” marcado pelo “obscurantismo” e afirmou ainda que acredita após o impeachment de Dilma Rousseff (PT), a Lava Jato foi “brecada”.
Ativista da causa LGBT, o cineasta lamentou que “o processo de celebração dos direitos civis e intensificação da cidadania no Brasil parecem estar cada vez mais ameaçados.”