Nesta quinta-feira, dia 25 de março, é comemorado o Dia Nacional do Orgulho LGBTQIA+, que também pode ser chamado de o Dia Nacional do Orgulho gay. A data pode passar despercebida pelos calendários de muitas pessoas, mas no entanto, é algo de extrema importância para ser pautado. Além da celebração, hoje também é momento de reflexão sobre a causa e a vida da população LGBTQIA+ no Brasil.
Empresas como Havaianas, são exemplos de apoio e que contribuem para o crescimento e inclusão da comunidade. Em junho do último ano, a marca lançou a plataforma Pride e sua linha global Pride, em prol da comunidade LGBTQIA+ em parceria com a ONG All Out, a qual a marca destina 7% do lucro líquido das vendas da linha. A marca apresenta uma diversidade no vestuário, como camisa de manga curta customizada com numeração disponível até o GGG. São peças que prestam homenagem à bandeira do movimento com seis cores. Chinelos, meias, bandanas, são acessórios criados para dar forças ao movimento e mostrar que não é só uma data no calendário, é muito mais e veio para ficar.
Representatividade em rede nacional, como os participantes Gilberto e João Luiz do reality show BBB 21, assim como a ex-sister Lumena, fazem a diferença na comunidade LGBTQIA+. Como também conquistas históricas, como é o caso da vereadora Erika Hilton do PSOL, que foi eleita a presidenta da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Câmara de São Paulo. Ela se torna a primeira mulher negra e trans na história a presidir uma Comissão Legislativa. Ela trabalha incansavelmente em sua luta por equidade para a população negra e no combate á discriminação contra a comunidade LGBTQIA+, e pelo direito de todos na política.
A data também aponta para reflexão sobre dados que infelizmente assombram muitas pessoas no Brasil. Mesmo São Paulo tendo, orgulhosamente, a maior parada gay do mundo, ainda assim é o país que mais mata LGBTs no mundo. Segundo uma pesquisa baseada nos dados do Sistema Único de Saúde (SUS) mostrou que a cada uma hora um LGBT é agredido no Brasil. Fora isso, a pesquisa mostra que, do total de vítimas, 46% eram transexuais ou travestis.
Já de acordo com levantamento realizado pelo Grupo Gay da Bahia, (GGB), a cada 20 horas uma pessoa é morta no Brasil pela LGBTfobia, que é o conceito usado para definir os crimes e ações violentas contra as minorias sexuais.
Saiba o significado das Siglas LGBTQIA+
L – lésbica: Pessoa cis ou trans que se identifica no gênero feminino e se relaciona afetiva e/ou sexualmente com outras pessoas do gênero feminino.
G – gay: Homens, cis ou trans, que se atraem sexualmente ou sentimentalmente por outros homens.
B – bissexual: Aquele ou aquela que se relaciona afetiva e/ou sexualmente com pessoas do gênero feminino, masculino ou demais gêneros.
T – transgêneros (travestis ou transexuais): Pessoas que não se identificam com o sexo de seu nascimento. Exemplificando, uma pessoa que nasceu com o sexo biológico masculino, mas se identifica como mulher, é uma mulher transgênero.
Q – Queer: Pessoas com o gênero ‘Queer’ são aquelas que transitam entre os gêneros feminino e masculino, como é o caso das drag queens. A teoria queer defende que a orientação sexual e identidade de gênero não são resultado da funcionalidade biológica, mas de uma construção social.
I – Intersex: Intersexuais antigamente chamadas de hermafroditas, são pessoas que nascem com anatomia reprodutiva e sexual, que não conseguem ser definidas de maneira distinta em masculino ou feminino.
A – Assexual: Pessoas assexuais são aqueles que não sentem atração, seja pelo sexo oposto ou mesmo sexo. Mas, isso não anula os assexuais desenvolverem sentimentos amorosos com outras pessoas.
D – Demissexual: Pessoas dimessexuais se movem através da conexão com o parceiro. Para eles, a atração sexual só aparece depois de estabelecido um vínculo psicológico, intelectual ou emocional. Ou seja, a pessoa não sente atração por uma pessoa apenas porque ela é bonita. É preciso conhecer o outro, se conectar de fato.
P – Pansexual: A pansexualidade são pessoas que sentem atração afetivo-sexual independente da identidade de gênero da pessoa – seja mulher ou homem, cis ou trans, ou mesmo de outro gênero, como é o intersexo
+ – Cada pessoa enxerga o mundo e, consequentemente, a si mesmo de maneira distinta, pois temos nossas particularidades como sujeito, isto reflete nos desejos, relações e percepções. Quando o assunto é sexualidade, gênero, teremos sempre o que aprender.