A prática de detectar vestígios de sexo anal para acusar indivíduos gays em países no qual a homossexualidade é considerada crime, foi condenada pela Associação Médica Mundial, em resolução divulgada neste mês de outubro.
A norma visa proibir exames anais no qual médicos e enfermeiros introduzem a força dedos e outros objetos cirúrgicos no orifício anal dos “suspeitos homossexuais”. Caso a junta médica conclua que a pessoa em questão tenha tido relações sexuais através do ânus, ele é processado nas mais de 70 nações que condenam a orientação sexual. As penas chegam a prisão, castigos físicas e em alguns lugares até pena de morte.
De acordo com a Associação, os procedimentos violam a ética médica e os direitos humanos. “Este problema não está mais pendente de decisão. Não há desculpa para que os governos continuem a realizar exames anais forçados em pessoas acusadas de homossexualidade”, afirmou Neela Ghoshal pesquisadora da Human Rights, instituição de defesa dos direitos humanos.
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“A Associação Médica Mundial acrescentou sua voz a um esmagador consenso de que os exames anais forçados não são éticos, científicos ou justificáveis sob qualquer circunstância”, acrescentou ela.
A resolução estabelece que todas as comunidades e organizações médicas se pronunciem oficialmente em relação a proibição da prática, além de cobrar posicionamento da Organização Mundial de Saúde (OMS) contra aos exames anais forçados.