Nesta segunda-feira (19), comemora-se no calendário nacional o “dia do índio”, porém, este termo é incorreto. Vemos o quanto precisamos aprender, pois desde nossos tempos de escola fomos ensinados nesta data a usar enfeites, pinturas no rosto e realizar batida na boca emitindo um som característico, mas isso não é visto como atitudes de respeito aos nossos povos indígenas, por mais que sejam apresentadas às crianças, como nos foi um dia, de uma maneira empática.
Neste mês de abril celebramos a cultura e a luta por direitos de respeito dos indígenas. Em pleno século XXI, muitas pessoas acham que ser indígena é morar no meio do mato, não ter celular e não ter acesso a internet. Essas mesmas pessoas pensam que ser indígena é apenas escolher morar na aldeia, usar cocar e ainda assim, lutar pela preservação meio ambiente. Ser indígena é muito mais do que isso, é estar livre para ocupar qualquer espaço na sociedade, em um trabalho ou em uma universidade.
Povos indígenas podem ser urbanos, ocupar todos os espaços e ainda sim, não perder sua essência e sua base histórica. O termo índio a primeiro momento remete ao elemento químico índio, encontrado na tabela periódica. Em um segundo momento, o termo é “dado” aos povos indígenas, mas carregando muitos estereótipos, visões errôneas, e o próprio equívoco na tratativa em que sempre foi feita no Brasil. Portanto, o termo “indígena” melhor os representa, tendo como significado “originários da terra”, definindo melhor o que eles são.
Os indígenas sofrem com rótulos de “selvagens” e de que vivem em “tribos”, mas isso é uma maneira depreciativa com a cultura dos povos nativos do Brasil. Isso acaba tendo reação no comportamento de muitos deles, muitas vezes preferindo viver isolados ao invés de encarar o preconceito da cidade grande. Outro mito, eles são os povos originários do Brasil, não sendo nosso país descoberto por Pedro Alves Cabral e sim, invadido por ele. A história dos povos indígenas precisa ser respeitada, grupo social que desde o início sempre foi massacrado por guerras coloniais em que dura até hoje, só mudaram as armas.
Segue vídeo complementar sobre a cultura indígena: