JUSTIÇA

Bangladesh condena extremistas à pena de morte por homicídio de ativistas gays

Ação é inédita no país, já que a homossexualidade é ilegal na região

Bandeira LGBTQIA
Bandeira LGBT+ (Reprodução)

Nesta terça-feira (31), um tribunal especial de antiterrorismo em Bangladesh condenou seis extremistas islâmicos à pena de morte, pelo assassinato de ativistas LGBTs. O extremista Ansar Al Islam confessou a autoria do crime, sendo um dos braços direitos da Al-Qaeda na região.

De acordo com a agência France-Presse, é a primeira vez que o tribunal antiterrorismo de Bangladesh condena extremistas pelos atos de violência contra ativistas dos direitos LGBTs, já que a homossexualidade é ilegal no país e a sua maioria são mulçumanos. Em 2016, Xulhaz Mannan, chefe de redação da Roopbaan e o militante Mahbub Tonoy foram mortos em Daca, acusados de promoverem a homossexualidade entre os cidadãos do país.

O tribunal antiterrorismo ordenou a execução dos seis terroristas ligados à Ansar Al Islam. “Estamos felizes com o veredicto“, disse o promotor Golam Sarwar Khan à imprensa local. Entretanto, dois réus já foram absolvidos da sentença. “Meus clientes são totalmente inocentes. Não têm relação com estes assassinatos“, afirmou o advogado de defesa dos acusados, Nazrul Islam.

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