O conceito de que roupas foram feitas parar separar pessoas, pode estar atrasado. Com a chegada da moda agênero, que visa conquistar espaço independente do gênero, algumas mudanças são percebidas em sociedade, quando o assunto envolve looks.
Segundo a visão de Karine Pereira, que atua como professora no curso de Moda, a chegada do novo estilo se trata de uma manifestação, e de uma necessidade interna. Além do que, ela deixou claro ao Diário Gaúcho, que de certa forma, falta uma certa aceitação com o novo ‘ramo’.
Quando se trata de roupas, muita gente esquece que tudo vai além do visual, e pode mostrar expressões, transmissões de energias, e até mesmo mensagens diretas. No ponto de vista, mesmo com a resistência de muitos empresários, a nova geração não quer se definir em apenas um mesmo grupo como era mostrado e apresentado no mercado da moda.
“Falta ainda aceitação, principalmente dos mais conservadores, mais tradicionais, daqueles que ainda preferem acreditar que rosa é cor de menina e azul é cor de menino. Há um propósito em comum. O novo consumidor, que não se define mais apenas por gerações, está em grupos com estilos de vida diferentes, com hábitos comuns. Constrói uma identidade que, ao mesmo tempo, é fiel em relação a uma determinada marca, mas que não teme experimentar novas oportunidades oferecidas pelo mercado”, destaca ela.
E por falar em moda, na Espanha, alguns professores em forma de protesto, usaram saias para demonstrar apoio a um aluno expulso de um colégio por ter afinidade com diferentes estilos de roupas. “Uma escola que educa com respeito, diversidade, co-educação e tolerância. Vista-se como quiser! Nós nos juntamos à campanha“, disseram.