A primeira noite do vendedor Yuri Silvestre, de 21 anos, na Bubu Lounge, no sábado (23), não terminou em uma boa experiência. O jovem relata ter sofrido uma agressão física de um homem, supostamente hétero, dentro do clube destinado ao público LGBT.
Veja também:
- Apesar de recorde histórico, investimento federal LGBTQIA+ ainda é insuficiente
- Legislação transfóbica desafia movimento trans e aliados a investirem em resistência institucional
- Associações defendem direitos de crianças e adolescentes no STF contra lei que censura a Parada LGBTQIA+
- CNJ proíbe discriminação de pessoas LGBTQIA+ na adoção, guarda e tutela
- Enquanto aguarda nomeação de Lula, PGR interina defende direitos de travestis e transexuais presas
- Como ser um aliado de pessoas trans sem invisibilizar e protagonizar seu papel
- Crivella deixa cariocas sem remédio para tratamento da AIDS
- Ex-empresário de Dudu Camargo diz que apresentador quer mudar imagem de gay assediando mulheres
- World Athletics diz que atletas trans não podem ser proibidos de competir em SP
- Assexualidade gera dúvidas e polêmica entre LGBTs
- Quadrinho do Chico Bento mostra conceito de família com casal gay
- Japão testa drogas anti-HIV contra coronavírus em meio a aumento de casos
- Homofobia: professor é espancado e torturado por horas após ter vídeo íntimo vazado
- Coronavírus: precisamos nos alarmar no carnaval? Dr. Maravilha explica
- Presidente Bolsonaro veta propaganda do Banco do Brasil que investia em diversidade
- Homofobia Velada
- Professor de Direito do interior da Paraíba é novo Colunista do Observatório G
- Sair do armário, qual o real significado ?
A vítima contou que dançava na pista do local, quando acabou esbarrando no agressor, que estava junto a um grupo de amigos. Sem esperar um pedido de desculpas, o homem desferiu dois socos, sendo um no rosto e outro no tórax.
Amparado por colegas, Yuri foi até a enfermaria da casa para tratar dos ferimentos. Mas o pior ainda estava por vir, já que ao voltar para o espaço de dança, foi questionar ao rapaz porque havia reagido de maneira tão violenta, e acabou levando novos socos. “Voltei à enfermaria e a enfermeira chamou o segurança para me escoltar para fora”, explicou em entrevista ao Guia Gay São Paulo.
O agressor explicou ao gerente que a motivação para tal ato seria porque Yuri teria mexido com as pessoas do grupo. O homem estava junto a pelo menos mais dois amigos, que a vítima acredita serem héteros. Yuri foi aconselhado a voltar para casa, enquanto o grupo continuou na boate.
Leia Mais:
Presépio com prostituta e casal gay é retirado de exposição no Rio
Morador de rua pode ter sido queimado vivo por motivação homofóbica
“Principalmente pela casa vender festas em que o público LGBT deveria se sentir seguro. Eles não têm como prever esse tipo de acontecimento, mas deveriam apoiar e dar suporte para quem passa por isso dentro do estabelecimento deles”, desabafou.
Procurada, a Bubu afirmou, por meio de nota que “não admite nenhum tipo de violência e de discriminação, prezamos acima de tudo pela diversidade e pelo respeito ao nosso público”, disse. “Temos total certeza que qualquer situação que possa ter ocorrido dentro da casa de forma alguma tem relação com homofobia, pois isso é algo que não faz parte da nossa cultura e dos nossos valores.”, continuou.
Ainda no comunicado, o clube classificou o ocorrido como uma situação pontual, e que em casos que envolvem agressões físicas, os seguranças são orientados a “intervir imediatamente, e, se necessário, solicitam que os envolvidos se retirem do ambiente”, completou. “A Bubu repudia qualquer tipo de agressão ou violência e não mediremos esforços para que o episódio descrito seja devidamente investigado e esclarecido.”, finaliza a nota.