O tratamento utilizado para os pacientes diagnosticados com o vírus HIV tem revelado muitos avanços, fazendo com que os portadores consigam ter uma qualidade de vida melhor, a partir de medicamentos subsidiados pelo governo. Mas, nem sempre foi assim, e a causa de um grupo para vencer as barreiras da doença é o tema do filme 120 Batimentos por Minuto. Em cartaz nos cinemas.
Veja também:
- Apesar de recorde histórico, investimento federal LGBTQIA+ ainda é insuficiente
- Legislação transfóbica desafia movimento trans e aliados a investirem em resistência institucional
- Associações defendem direitos de crianças e adolescentes no STF contra lei que censura a Parada LGBTQIA+
- CNJ proíbe discriminação de pessoas LGBTQIA+ na adoção, guarda e tutela
- Enquanto aguarda nomeação de Lula, PGR interina defende direitos de travestis e transexuais presas
- Como ser um aliado de pessoas trans sem invisibilizar e protagonizar seu papel
- Crivella deixa cariocas sem remédio para tratamento da AIDS
- Ex-empresário de Dudu Camargo diz que apresentador quer mudar imagem de gay assediando mulheres
- World Athletics diz que atletas trans não podem ser proibidos de competir em SP
- Assexualidade gera dúvidas e polêmica entre LGBTs
- Quadrinho do Chico Bento mostra conceito de família com casal gay
- Japão testa drogas anti-HIV contra coronavírus em meio a aumento de casos
- Homofobia: professor é espancado e torturado por horas após ter vídeo íntimo vazado
- Coronavírus: precisamos nos alarmar no carnaval? Dr. Maravilha explica
- Presidente Bolsonaro veta propaganda do Banco do Brasil que investia em diversidade
- Mocha Celis, uma escola com afeto e esperança
- Ney Matogrosso: o deus camaleônico da música brasileira
- Homofobia Velada
O longa acompanha a história de luta do Act Up, que levantou a bandeira da luta contra a Aids e dos direitos dos infectados, além de informar a sociedade francesa desde o início da epidemia, nos anos 1980.
O próprio diretor e roteirista do filme, Robin Campillo, foi um dos militantes da causa, entre 1992 e 1994, época em que pouco se sabia sobre a doença e muitas pessoas deixavam de pegar na mão de soropositivos.
Leia Mais:
Autor de Malhação sofre ataque homofóbico após beijo lésbico na trama
24% dos jovens gays não conhecem método para prevenir o HIV, revela pesquisa
“Há mais de 20 anos tentava fazer esse filme. Na época, já havia tentado, com roteiros que não foram adiante”, contou Campillo em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo. “Vivemos uma época de egocentrismo, em que é preciso retomar, na arte e na vida, a importância de projetos coletivos. E, sim, as pessoas estão se esquecendo do perigo. Depois de décadas de recuo, os números da aids voltaram a crescer, e entre jovens.”, completou.
O romance entre Nathan (Arnaud Valois), recém representante do grupo e Sean (Nahuel Pérez Biscayart) um dos membros fundadores, também costura a narrativa do filme, que recebeu muitos elogios dos críticos e foi aclamado em diversos festivais, como o do Rio.
Em sua estreia em Cannes, 120 Batimentos por Minuto levou o Grande Prêmio do Júri e a Queer Palm, pelo título de melhor filme com temática LGBT. Além de ser o representante da França para concorrer ao Oscar de melhor filme estrangeiro, em 2018.
Confira o trailer: