Em 2021, artistas e representantes de destaque da comunidade LGBTQIA+ deixaram um grande vazio no mundo, após suas mortes. Contudo, o legado de suas artes continuarão sendo lembradas para toda a eternidade e o portal Observatório G irá relembrar agora alguns desses ícones que jamais serão esquecidos.
Daniel Carvalho
No dia 8 de janeiro, faleceu o influenciador digital Daniel Carvalho, aos 32 anos, que ficou conhecido após criar a eterna personagem Katylene. Daniel sofreu uma parada cardiorrespiratória por falência aguda dos rins, conforme boletim divulgado pelo G1.
Além de passagens no Youtube, e MTV, ele também chegou a integrar um programa ao lado de Adriane Galisteu, na BAND e ficou eternizado como um dos primeiro blogueiros do cenário digital, ao satirizar acontecimentos da cultura Pop em um dos sites mais acessados do Brasil.
Ygona Mora
No dia 27 de janeiro, faleceu a influenciadora Ygona Moura, aos 27 anos, considerada a nova rainha dos memes das redes sociais. A influenciadora havia sido internada após contrair COVID-19 e teve uma piora em seu estado de saúde, levando ao óbito.
Ygona tinha causado polêmica ao debochar do isolamento social por conta da pandemia do coronavírus, ao fazer inúmeros stories em locais diferentes, ironizando o fato de que estava aglomerando e não respeitando as regras de distanciamento social.
Sophie
Ainda em janeiro, o mundo perdeu a compositora e cantora escocesa, Sophie, de 34 anos, após um acidente ao tentar escalar um lugar alto para fotografar a lua. Além de cantora, Sophie atuou como produtora do single “Bitch I’m Madonna”, que está presente no álbum “Rebel Heart”, da Madonna.
Sophie foi a primeira artista trans a ser indicada ao Grammy, a principal premiação musical do mundo. Em 2018, seu álbum Oil of Every Pearl’s Un-Insides, foi indicado ao prêmio na categoria de melhor disco de dance ou música eletrônica.
Paulo Gustavo
No dia 4 de maio, o Brasil perdeu um dos seus maiores humoristas LGBTs de todos os tempos, Paulo Gustavo, aos 42 anos. O criador de Dona Hermínia, de ‘Minha Mãe é Uma Peça’, faleceu devido às complicações da Covid-19, após uma piora provocada pela embolia, insuficiência cardíaca e lesões cerebrais.
O artista se consagrou como um fenômeno na TV, cinema e teatro, levando mais de 30 milhões de espectadores para assistirem suas histórias nas telonas. Além do sucesso de Dona Hermínia, o ator se destacou pelos filmes “Minha Vida em Marte” (2018) e “Os Homens São de Marte… e é para lá que eu vou” (2014), além de ser um dos criadores do sucesso “Vai Que Cola”, do Multishow.
Paulo Gustavo deixou os filhos gêmeos, Gael e Romeu, de 2 anos, frutos de seu casamento com o médico Thales Bretas, após um processo de barriga de aluguel feito nos Estados Unidos.
Raffaella Carrá
Em julho, faleceu aos 77 anos, a apresentadora, dançarina e cantora Raffaella Carrá, que ficou conhecida como uma das maiores ícones LGBTs da Itália. Em 2017, a artista foi premiada no World Pride Madrid como Ícone Gay Mundial, especialmente por “Lucas”, canção que define sua adoração pela comunidade LGBTQIA+.
“Liberdade é a palavra para poder viver. Por exemplo, estou particularmente satisfeita com o fato de a lei civil sobre as uniões homossexuais ter sido aprovada na Itália. Estou muito envolvida com esta questão porque tem a ver com a liberdade das pessoas “, disse Raffaella Carrà quando indagada sobre a criação de seus filhos, por meio de uma entrevista.
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Orlando Drummond
No dia 27 de julho, faleceu o ator Orlando Drummond, aos 101 anos, que ficou conhecido nacionalmente ao interpretar o personagem gay “Seu Peru”, na ‘Escolinha do Professor Raimundo’. Além de seu trabalho como ator, Orlando ficou famoso por dublagens importantes como Scooby Doo, Alf (em Alf: O ETeimoso) e Popeye.
Em conversa com à Quem, ele chegou a falar sobre a sua longevidade na carreira. “As pessoas devem seguir o seu caminho, serem felizes, procurarem os outros. Ninguém é mais feliz do que eu, graças a Deus”, afirmou ao veículo.
Francis Mosmann
Em agosto, faleceu o ator Francis Mosmann, aos 33 anos, que ficou conhecido do público ao participar da série “Spartarcus”. O artista foi encontrado morto em sua casa na Austrália, e o motivo da morte não foi divulgado. Em entrevista ao jornal Daily Mail Australia, os irmãos do ator contaram que traumas de bullying estavam assombrando Francis durante o seu isolamento social por conta da pandemia da COVID-19.
“Ele era um membro muito respeitando dentro da comunidade de atores e teve uma família que o apoiava em Sidney. Seu sorriso e presença cheia de energia será muito sentida por aqueles que tiveram a sorte de conhecê-lo”, disseram os irmãos de Francis. Mossman deixa seu namorado, Lachlan, dois irmãos e seus pais.
Tommy Kirk
No dia 28 de agosto, faleceu o ator Tommy Kirk, de 79 anos, que ficou conhecido por estrelar diversas produções da Disney durante a sua infância. O astro de “O Meu Melhor Companheiro”, de 1957, não tinha mais contato com a sua família e recebia apoio da A Minor Consideration, uma organização sem fins lucrativos que atua em prol de atores mirins durante a transição à vida adulta.
Em 1993, Kirk concedeu uma entrevista à FilmFax e revelou que descobriu sua homossexualidade aos 17 anos, e que isso quase destruiu a sua carreira. “Disney era um estúdio de cinema familiar e eu deveria ser o protagonista jovem de seus principais filmes. Depois que descobriram que eu estava envolvido com outro homem, foi o fim da minha trajetória com a Disney”, desabafou ele na época. Seu último trabalho como ator foi no filme “The Education of a Vampire”, em 2001.
Gilberto Braga
No dia 26 de outubro, faleceu o ator Gilberto Braga, aos 75 anos, depois de ter tido uma perfuração no esôfago. Em 2014, o autor oficializou a sua união após 40 anos ao lado de Edgar Moura Brasil.
Entre os trabalhos marcantes da carreira de Braga, estão as novelas “Corpo a Corpo” (1984), “Rainha da Sucata” (1990), da qual foi colaborador, “O Dono do Mundo” (1991) e “Celebridade” (2003), além das minisséries “Anos Dourados” (1986) e “Anos Rebeldes” (1992). Em 2009, ele também foi indicado ao Emmy Internacional de melhor telenovela por “Paraíso Tropical” (2008).
Sua última novela pela TV Globo foi “Babilônia”, de 2015, no qual causou polêmica com um beijo lésbico Teresa (Fernanda Montenegro) e Estela (Nathalia Timberg), que causou polêmica entre a ala mais conservadora dos telespectadores, que não aceitaram a retratação de um casal idoso nas telinhas.
Nelson Freire
Em novembro, o Brasil se despediu de Nelson Freire, de 77 anos, que ficou conhecido como um dos principais pianistas da Orquestra Sinfônica Brasileira. O musicista deixou o marido, o médico Miguel Rosário, e um irmão.
Conforme informações, ele foi um garoto prodigioso que começou a tocar aos três anos de idade, reproduzindo peças que a sua irmã tocava. Ao 12 anos, foi finalista do primeiro Concurso Internacional de Piano do Rio de Janeiro. A causa da morte do artista não foi divulgada para a imprensa.
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