O ator Juliano Cazarré, de 41 anos, confessou que está ansioso para a estreia de ‘Pantanal’, na TV Globo, nesta segunda-feira (28). Tudo porque o galã interpreta o peão Alcides e terá uma cena em que seu personagem acaba tendo o órgão genital cortado, na trama escrita por Benedito Ruy Barbosa e adaptada por Bruno Luperi.
Durante a coletiva de imprensa da novela, Cazarré falou sobre a expectativa da famosa cena, mas não sabe se o remake terá ou não a polêmica parte em que o pênis de seu personagem é decepado. “Estou curioso para saber se vai acontecer. Já li até o capítulo 150 e ainda não veio o capítulo da castração, mas também estou curioso. Pelo que já saiu [na imprensa], essa cena vai acontecer, sim, mas ainda não gravei”, disse o ator.
Em conversa com a Quem, Cazarré também conta que seu personagem vai se descobrindo no decorrer da trama e se permitindo a ‘viver paixões’ que nunca havia experimentado.
“Nem ele se conhece muito bem, porque é um cara que tem uma obsessão na vida que a gente descobre mais pra frente, uma vingança que quer concretizar. Ele deixa sua vida pessoal em segundo plano, mas ao longo da trama vai descobrindo paixões e vai se permitindo viver“, explicou o ator.
Silvero Pereira fala sobre seu personagem gay em Pantanal: “Não pode ser alívio cômico”
O ator Silvero Pereira, de 39 anos, falou sobre sua participação no remake de ‘Pantanal’, novela de Benedito Ruy Barbosa e adaptada por Bruno Luperi, onde viverá o mordomo Zaquieu. Na versão original transmitida pela TV Manchete, a homossexualidade de Zaquieu era usada como alívio cômico para a trama, mas Silvero afirma que esse erro não se repetirá na versão repaginada da história.
“O importante é entender que não dá para tratar como alívio cômico. Isso seria um desserviço na sociedade em que a gente vive hoje”, explicou o ator. Na trama, Zaquieu é o mordomo que trabalha para a Mariana (Selma Egrei), mãe de Madeleine (Bruna Linzmeyer/Karine Telles) e Irma (Malu Rodrigues/Camila Morgado).
Silvero também conta que a comédia não se perdeu, mas que existem outras aberturas para que esse tipo de humor seja levado ao ar sem nenhum tipo de agressão ou piada. “O Zaquieu da primeira versão fez bastante sucesso pelo lugar do cômico e a gente não vai perder isso. A novela trouxe isso e é muito importante para o personagem. Também estou curtindo bastante porque não tenho feito muita coisa de comédia no audiovisual, então tem sido especial para mim. Mas esse outro tom faz com que o personagem fique muito mais carinhoso, muito mais afetivo”, conta ao portal IG.
Por fim, o ator comemorou poder levar, mais uma vez, a representatividade de um ator LGBTQIA+ para as telinhas, e que considera que esses trabalhos acabam tendo uma função educativa para a sociedade. “O mais mágico par mim enquanto artista é quando a gente consegue chegar na televisão no lugar do entretenimento, mas, ao mesmo tempo, ter o didático e a informação junto. Para mim, isso é um prêmio. Acho muito necessário porque a gente vai para dentro do café da manhã, vai para as ruas, vai para o metrô, para o ônibus e as pessoas vão falando sobre esse assunto”, destacou o ator.