A atriz Bruna Linzmeyer, de 30 anos, que interpreta a personagem Madeleine no remake de ‘Pantanal’, revelou a reação dos seus pais durante o programa ‘Conversa Com Bial’ quando descobriram a sua verdadeira sexualidade. A famosa contou que teve a ajuda do irmão mais velho para poder se assumir para a família.
“O meu irmão é quase 10 anos mais velho que eu. E ele é muito mais “terra” do que eu. Ele é muito mais calmo, o tempo dele é diferente, então tudo eu fui fazendo primeiro… eu saí de casa primeiro, as tretas da família era sempre eu que fazia e ele que mediava. Tudo eu era a anormal, a esquisita no bom sentido da coisa.”, contou Bruna, mencionando o irmão, Helder Linzmeyer.
A atriz, então, sugeriu para que o irmão se assumisse para que ela pudesse também falar sobre a sua sexualidade em seguida dele. “Aí foi chegando um momento que a gente falou ‘a gente vai ter que falar’. Aí eu falei: ‘isso você fala primeiro. Vai você, é o certinho da família, todo mundo te ama, vai ser ótimo, você abre esse caminho e eu chego depois’. Então foi muito bom ter ele por perto, para ajudar a conduzir a coisa de uma forma carinhosa”, detalhou a atriz.
Por fim, Bruna declarou que seus pais foram surpreendidos com as revelações dos filhos, mas que aceitaram de primeira e demonstraram compreensão. “Olha, eles falaram assim, um resumo de maneira geral era ‘eu não esperava, tô sendo surpreendido, mas eu quero que você seja feliz. E se é isso que te faz feliz, tô com você’. E é assim até hoje, fofinhos”, contou a atriz.
Bruna Linzmeyer fala sobre descoberta da sexualidade
Em conversa com o jornal O Globo, Bruna Linzmeyer, que está gravando o remake de “Pantanal”, desabafou sobre o seu processo de aceitação com a sexualidade. Na ocasião, ela disse que ficou em festa ao saber que realmente é lésbica.
“Quando me descobri sapatão, quando descobri esse mundo dentro e fora de mim, foi uma farra. Fez sentido. A primeira vez que namorei uma mulher foi em 2015. Mas já vinha de antes”, disse a global que se prolongou no assunto.
“Uma vez que fui vivendo isso de uma forma mais consciente, recuperei memórias de um passado que eu não sabia que existia. Amei mulheres que considerava amigas na adolescência. Foi [uma libertação]. Muita gente fica com mulher, mas não pertence ao mundo sapatão. Me sinto pertencente. Ser sapatão traz a oportunidade de se ver. A gente é educada para ser uma coisa e nem se pergunta se quer”, afirmou.
Ao concluir, Bruna disse que passou a se questionar em todo esse tempo; ” Transar com homem, amar homem, trabalhar com homem. Se apaixonar por mulher é adentrar um mundo em que o centro dele não é um homem, mas nós. Passei a me questionar sobre o que me ensinaram. A possibilidade do amor entre mulheres existir é revolucionário e transformador. Foi com isso que me encontrei”, comentou ela.