O casamento gay se tornou um dos temas mais discutidos entre os candidatos à presidência da Costa Rica, que esta em período finai da campanha das eleições, e levará a população às urnas, no próximo dia 04 de fevereiro. Impulsionado pela candidatura do deputado evangélico Fabrício Alvarado, o que fez com que outros candidatos adotassem uma postura mais conservadora.
A discussão teve início após o comunicado emitido pela Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) que assegura os mesmos direitos tanto para casais homossexuais a heterossexuais.
Estudos feitos regularmente por entidades locais afirmaram que a população se divide entre aqueles que se identificam com os ideais mais conservadores contra os que se mostram mais liberais.
O Politólogo Felipe Aguilar, do Centro de Investigação e Estudos Políticos (CIEP) da Universidade da Costa Rica (UCR), explicou que pesquisas apontam o casamento homoafetivo é reprovado por 65% dos costa-riquenhos, assim como outros assuntos polêmicos, como o uso recreativo de maconha e estupro, enquanto 35% se mostram favoráveis. 80% dos cidadãos acreditam que religião é importante, e 70% destes, se declaram católicos.
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Os números são comprovados ao trazer uma reação dos candidatos que reagiram mal a decisão. O candidato Fabrício Alvarado, do partido evangélico Restauração Nacional, deu um salto nas pesquisas após afirmar que tiraria a Costa Rica da CIDH após o apoio a união civil de pessoas do mesmo sexo.
“A Costa Rica é um país de valores e princípios, os quais queremos que continuem sendo respeitados. Iremos até o fim para defender esses princípios e a soberania nacional”, criticou o político em entrevista a uma rádio local.
Alvarado lidera as intenções de voto com 13,8%, seguido por Antonio Alvarez, do conservador Partido de Libertação Nacional, com 13,4%, de acordo com pesquisa realizada pelo instituto OPol.