Ali, um homem gay que mora no Catar, país que vai sediar a Copa do Mundo de Futebol em 2022, revelou que a “comunidade gay” vem sendo torturada em operações realizadas por autoridades locais. Ele afirma isso isso com a sua própria experiência vivida, que resultou em um estupro praticado por oficiais.
Ali se mudou para Doha, a capital do Catar, em meio a morte de seus pais nas Filipinas. Quando chegou à cidade ele ainda falou que usou aplicativos para se encontrar e se relacionar com homens gays, algo que é ilegal no país.
Ali conta na matéria do inews que foi convidado a conhecer um homem em um hotel em troca de dinheiro, o que ele aceitou. Entretanto, quando ele chegou, encontrou seis homens esperando dentro do quarto do estabelecimento.
Um amigo de Ali, disse na entrevista que “Eles o capturaram” e afirmou que os 6 membros eram oficiais do Catar.
“Eu realmente queria pular [pela janela] mas não conseguia, era muito alta e já estava encurralado dentro do quarto”, disse Ali. “Eles me pegaram e me jogaram em cima da cama. Eles começaram a me estuprar”.
Enquanto ele estava em estado de choque se tremendo bastante, um dos oficiais falou para ele ficar calado, porque ele estava em prantos, e o oficial agrediu ele de ambos os lados do rosto.
Os oficiais tiraram fotos da conversa que Ali teve com o turco como “prova de que ele me pagará o QR 300” [moeda local], que agiria como prova de prostituição e homossexualidade.
Ele ficou um noite na prisão, foi levado para o centro de deportação e enviado de volta para Filipinas. “Eu tenho um trauma pelo que aconteceu”, disse ele.