A quarta vereadora mais votada no Rio de Janeiro pelo PSOL, nas últimas eleições, Marielle Franco foi brutalmente assassinada na noite desta quarta-feira (14), no bairro do Estácio, região central da capital fluminense. A polícia trabalha com a hipótese de execução como principal motivação para o crime. Mulher, lésbica e negra, ela ficou conhecida pelo seu ativismo pelas minorias.
O crime aconteceu enquanto a política saía de um evento sobre combate ao racismo, na Lapa, e no momento da ação, estava no carro junto a sua assessora e o motorista Anderson Pedro Gomes, que também foi atingido pelos disparos e não resistiu. Segundo a polícia militar, oito cápsulas de balas foram encontradas no local.
Natural do complexo da Maré, uma das áreas mais violentas da cidade, a parlamentar se tornou relatora do conselho criado para fiscalizar as operações policiais após o início da intervenção militar. A morte acontece um dia após ter feito duras críticas à atuação da polícia e do exército nas comunidades do Rio, durante a intervenção militar.
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Nas redes sociais políticos de vários partidos lamentaram o assassinato de Marielle, membros do PSOL pedem justiça e afirmaram que irão colaborar com a investigação até que o caso seja concluído. “Estou chocado, triste, chorando, furioso, indignado, em um estado emocional que não permite falar muito. Era minha amiga, antes de ser companheira, vereadora ou qualquer outra coisa. Era uma pessoa extraordinária, carinhosa, inteligente, corajosa, BOA”, homenageou o deputado federal Jean Wyllys em seu perfil no Instagram.
Em nota, a Anistia Internacional cobrou “uma investigação imediata e rigorosa do assassinato da vereadora e defensora dos direitos humanos”, diz o texto, que ainda reconhece Marielle como uma grande representante na luta por direitos humanos, especialmente no que toca mulheres e cidadãos menos favorecidos.