CINEMA

Andrew Scott e Paul Mescal abrem o jogo sobre cenas de sexo gay em Todos Nós Estranhos: "Intimidade emocional"

Protagonistas do drama falaram sobre a química de seus personagens ao longo do filme

Os atores Andrew Scott e Paul Mescal em cena de Todos Nós Estranhos
Os atores Andrew Scott e Paul Mescal em cena de Todos Nós Estranhos (Foto: Divulgação)

Os atores Andrew Scott e Paul Mescal, que interpretam os protagonistas do drama Todos Nós Estranhos, falaram sobre a expectativa para a estreia do filme em 22 de dezembro. Em entrevista ao F5, da Folha de S.Paulo, as estrelas abriram o jogo sobre a química entre eles em cena e como o longa acabou ajudando a lidar com questões pessoais que também é retratado em sua história.

“Há muito toque, seja toque familiar ou algo mais sensual. As pessoas têm falado muito sobre a química e o sexo entre nossos personagens, mas na verdade, o que acho realmente radical e comovente sobre o relacionamento é o quão afetuoso e terno eles são um com o outro. É uma coisa tão bonita de se interpretar, não é? Apenas um cuidado real”, analisou Andrew Scott.

Paul Mescal destacou a conexão com Andrew Scott nas cenas mais íntimas de seus personagens no filme. “Acho curativo assistir esse tipo de intimidade emocional. Lembro de ter ficado surpreso quando assistimos pela primeira vez, porque não me lembrava de estar tão perto do seu rosto quando estávamos conversando, de como realmente estávamos absorvendo um ao outro. Há uma coisa estranha que eu acho que você não pode fingir: você sabe quando alguém que você ama está falando com você, e você olha para os lábios dele? É tipo, Jesus, eu não consigo me lembrar de ter feito isso”, entregou o ator.

Ainda na entrevista, Andrew Scott contou como o longa o ajudou a se emancipar da vergonha e que a produção lhe deu oportunidade de revelar algo que também faz parte de sua intimidade fora das telonas.

“Eu penso muito, sejamos honestos. Estou feliz por poder me dizer que me emancipar da vergonha foi realmente a maior conquista da minha vida. Por muito tempo, tenho me sentido confortável comigo mesmo, mas não é preciso muito para voltar lá – algo que um motorista de táxi pode te dizer ainda pode te ferir. Se ele disser: “Você tem uma esposa?”. Você pode dizer: “Não, não tenho”, ou isso é uma espécie de mentira por omissão? Acho que o desafio foi desfazer o trabalho e ir para aquele lugar que você se sente assustado. Fazer algo como Todos Nós Estranhos, me emociona, porque nunca pensei que teria a chance de me expor tanto em um filme como esse ou em um ambiente tão confiável com colegas brilhantes”, acrescentou Andrew Scott.