Grupo de teatro lamenta repercussão negativa de beijo gay em peça encenada em escola de SP

Cena de beijo gay de peça encenada em escola estadual em SP
Cena de beijo gay de peça encenada em escola estadual em SP (Foto: Reprodução/TV TEM)

O coletivo 302, grupo responsável pela peça “#República Muito Além Q’Entre 4 Paredes” lamentou a repercussão negativa, que culminou na abertura de um processo no Ministério Público local, após um trecho do espetáculo no qual são encenados beijos gays entre os atores em uma escola estadual em Palmeiras D’Oeste, em São Paulo, começar a viralizar nas redes sociais.

Através de uma nota, os organizadores da montagem afirmam que a divulgação das imagens “distorce e descontextualiza o conteúdo do espetáculo”, diz o comunicado. “Esperamos poder continuar o nosso trabalho sem sermos atacados. Não toleremos nenhum tipo de preconceito”, continua o texto.

No vídeo, dois homens se beijam em comemoração pela vitória de uma banda para a próxima fase de um concurso que faz parte da trama. Logo depois, uma das atrizes beija um dos intérpretes e em seguida outra a companheira de cena, de maneira tão afoita que chegam a cair no chão, neste momento um ator sobe em cima delas.

Em sua defesa, a a prefeitura de Palmeira D’Oeste afirma que o espetáculo “respeita a faixa etária dada como limite para apresentação e que confia na idoneidade da administração e classificação etária feita pelo Governo do Estado.” Em um folder, a indicação é apontada para maiores de 14 anos.

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“Todos, sem exceção, trabalharam com a faixa etária a qual este espetáculo se direciona, isso nos proporcionou experiência e conhecimento para lidar com este público. Jamais infligiríamos os direitos do adolescente, pelo contrário, trabalhamos para que estes, sejam cada vez mais assegurados, como o direito a educação gratuita e lazer infantil”, completa a nota que finaliza acrescentando que “todas as ações judiciais cabíveis já estão sendo tomadas.”

O MP disse que só irá se manifestar sobre o caso ao final da investigação e que irá fazer todos os esforços para “perseguir o mais absoluto equilíbrio entre o direito à liberdade de expressão e a proteção aos hipossuficientes”, completou.

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