Um dado particular de cunho íntimo dos usuários do Grindr que é informação a respeito da contaminação ou não do vírus HIV, bem como a divulgação da data de realização do último teste poderem ser compartilhadas para futuros parceiros conhecidos através do aplicativo, pode estar sob o poder de duas empresas contratadas para otimizar o algoritmo da plataforma.
De acordo com o pesquisador Antoine Pultier, da ONG Norueguesa Sintef, os dados armazenados pelo Grindr foram repassados para as empresas Apptimize e Locallytics junto com outras informações pessoais como a Geolocalização, número de telefone e email.
“O status sobre HIV está ligado a todas as outras informações. Esta é a principal preocupação. Eu acho que isso é incompetência de alguns desenvolvedores que enviaram tudo, incluindo os dados sobre HIV”, criticou Pultier em entrevista ao BuzzFeed.
Leia Mais:
Direito a retificação do nome em pessoas trans cai para 16 anos em Portugal
Recife recebe primeira edição do Miss Pernambuco Gay no próximo dia 28
Em sua defesa, o Grindr admitiu o trabalho das duas empresas que serve para entender melhor a base de usuários, que são em torno de 3,6 milhões por dia, mas garante que protegem a privacidade dos usuários, através de cláusulas contratuais.
No blog da companhia, o diretor de tecnologia do app, Scott Chen explicou que o compartilhamento de dados com as empresas seguem os padrões da indústria para testar e validar o funcionamento do aplicativo. Porém, mesmo assim, a empresa resolveu retirar o compartilhamento de informações sobre o HIV com as companhias envolvidas.