Entenda o motivo

Pessoas LGBTQIA+ são mais propícias a depressão, ansiedade e estresse

Reflexão

Pessoas LGBTQIA+ são mais propícias a depressão, ansiedade e estresse

Quando falamos então da situação da comunidade LGBTQIA+, os desafios são ainda maiores, uma vez que essas pessoas sofrem diariamente com o preconceito, exclusão, violação de seus direitos e dificuldade de acesso à educação e ao mercado de trabalho.

O grupo LGBTQIA+ tem risco maior de desenvolver depressão e está submetido ao estresse crônico. É diferente, entre homens e mulheres, o tempo entre se perceber LGBTQIA+ e comunicar esse fato às outras pessoas. 

A  população  LGBTQIA+  na  sociedade  apresenta  um  conjunto  de  vulnerabilidades  que podem corroborar na perpetuação dos processos de exclusão que estão inseridos, levando-os ao adoecimento  e dificultando  os seus  cuidados de  saúde.

A  rejeição  por parte da família, a violência psicológica e física praticada por pessoas lgbtfóbicas, a vergonha e o medo  em  relação  a  própria  orientação  sexual,  a  condenação  destes  motivada  pelo discurso religioso, crenças  de promiscuidade  associadas aos seus  estilos de  vida e o  discurso sobre  não poderem constituir  uma família  são elementos  que podem  afetar sua saúde  mental.

Essa vulnerabilidade social funciona como uma barreira que contribui  para  o desenvolvimento  de  quadros  ansiogênicos,  depressão,  ideação  suicida,  uso 

excessivo de álcool e outras drogas, desenvolvimento de infecções sexualmente transmissíveis e estresse neste público.

Um dos obstáculos que a população LBGTQIA+ enfrenta no acesso aos serviços de saúde é o desconhecimento  dos profissionais  das especificidades  dos indivíduos  que fazem  parte deste grupo populacional. Os profissionais da saúde acabam os comparando a ‘qualquer outro’ sujeito 

que  utiliza  o  serviço,  prejudicando  o  reconhecimento  das  necessidades  e  dos  processos  de cuidado  desta  população.

   O sofrimento da  população LGBTQIA+  é potencializado,  uma vez  que os sentimentos  de opressão  são  mais  frequentes e reforçados  em  razão  da  intolerância, estigmatização e exclusão.

Compreender os  fenômenos  que  giram  em  torno  do  desencadeamento  de  transtornos 

psíquicos prevalentes na população LGBTQIA+ é uma tarefa imprescindível para os profissionais de  saúde e pra população em geral.  Mais o reconhecimento  dos  estressores  específicos  que  levam  ao  adoecimento  e vulnerabilidade desta população pode garantir a equidade, o fortalecimento dos vínculos desses sujeitos  aos  serviços  de  saúde  e  promover  políticas  públicas  de  saúde  mais  adequadas  as necessidades desta população. Os ajudando numa melhoria dos quadros patológicos e de uma melhor compreensão dessa população.

O colunista Fábio Alves além de ser psicanalista ele é pós graduado em sexualidade, psicanálise, terapia de casais e família, TCC, Psicologia Hospitalar e tem um quadro na Rádio Tropical fm 91,5 do RJ todas as segundas às 10h. Você também pode encontra- lo no Instagram @fabiopsicanalista