Homofobia? - Arquiteto é agredido em centro de eventos em Ponta Grossa

Arquiteto é agredido no Centro de Eventos vítima de homofobia
Arquiteto é agredido no Centro de Eventos vítima de homofobia (Foto: Reprodução/Montagem)

André Panatto segue internado em um hospital de Ponta Grossa

Um arquiteto ficou gravemente ferido após uma confusão registrada no Centro de Eventos de Ponta Grossa na madrugada deste domingo (23).

André Panatto foi socorrido por equipes de resgate e segue internado. Os advogados afirmam que ele teria sido agredido por seguranças do evento, já os organizadores da festa informaram que o jovem teria se envolvido em uma confusão com outros frequentadores do evento.

De acordo com o advogado Helenton Fonseca, um boletim de ocorrência (BO) será registrado e o defensor afirmou que o caso tem contornos claros de uma agressão homofóbica.

“Ele [André] foi visto sendo retirado por seguranças do interior do camarote do evento, depois disso foi socorrido por equipes de resgate já completamente desfigurado na parte externa do Centro de Eventos”, contou o advogado.

Segundo Helenton, o arquiteto foi agredido enquanto o companheiro do rapaz se dirigia ao banheiro.

“Informações de testemunhas dão conta de que ele [André] foi retirado por seguranças do camarote e no hospital os médicos encontraram graves lesões no corpo dele”, contou o advogado. Segundo Fonseca, o arquiteto teve vários ossos da face fraturados e corre o risco de perder a visão do olho esquerdo.

É importante pontuar também a versão dos organizadores do evento para o fato que é no mínimo  bastante diferente.

Segundo os empresários Iran Taques e Antonio Bento de Paiva Filho, André teria se envolvido em uma confusão com outros frequentadores da festa e foi retirado do local assim como os outros envolvidos na briga. “A versão apresentada pelos seguranças é totalmente diferente da exposta pelo advogado”, comentou Bento.

Os empresários lembram ainda que nem a própria vítima se recorda do que teria acontecido e por isso o papel das testemunhas seria central para esclarecer a situação. “Alguns pessoas viram ele [André] sendo retirado do interior da festa pelos seguranças, isso de fato ocorreu, mas a informação que temos é de que ele teria se machucado daquela forma ao brigar com outros frequentadores e foram os próprios seguranças que chamaram o resgate”, contou Bento.

Ainda na versão de Antonio, a equipe de seguranças afirmou que André estaria “transtornado” no momento da confusão e por conta disso houve a necessidade de “apoio” para que ele fosse retirado do local após o incidente.

Advogado acredita em caso de homofobia

Na versão apresentada pelo advogado Helenton Fonseca, as agressões sofridas mostrariam que ele foi espancado quando já estava inconsciente após ser imobilizado e ficar desacordado. Segundo Fonseca, a única motivação para as agressões seria a homofobia. “Nós acreditamos em uma motivação homofóbica porque ele não provocou ninguém, não agrediu ninguém e se ele brigou com outras pessoas, aonde estão os outros envolvidos na briga?”, questionou o advogado. Fonseca afirmou ainda que ao dar “publicidade ao caso”, descobriu vários outros fatos do tipo. “Nos parece que agressões na noite da cidade são costumeiras”, contou o advogado.

Empresário acredita que responsabilidades devem ser apuradas

O empresário Iran Taques lembrou que no papel de organizador do evento existe uma preocupação em contratar uma empresa responsável e idônea. “Acredito que as responsabilidades devem ser apuradas e nós, enquanto organizadores, nos colocamos à disposição do envolvido”, afirmou Iran. Segundo o empresário, a investigação do caso deve “ir a fundo” para encontrar os responsáveis pelas agressões.

Fonte: Jornal da Manhã

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