Vinte e oito anos depois que a Organização Mundial de Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da lista de doenças mentais, a Índia resolveu pela primeira vez também tomar um posicionamento oficial sobre o assunto. As informações são do jornal Hindustan Times.
A Sociedade Psiquiátrica Indiana (IPS), o maior corpo de profissionais de saúde mental do país, emitiu um comunicado dizendo que os membros deveriam parar de considerar a orientação sexual como uma enfermidade. A discussão está em pauta desde 2016, quando a entidade montou um grupo para lidar com as questões da comunidade LGBT, mas só agora foi feita uma declaração oficial.
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Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o presidente da associação, Dr. Ajit Bhide, afirmou: “É um passo na direção certa … Alguns indivíduos não são apenas cortados para serem heterossexuais e nós não precisamos castigá-los, nós não precisamos puni-los, não precisamos desprezá-los ”, disse. “Estas pessoas não são tratáveis para serem heterossexuais e não precisamos castigá-las, não precisamos puni-las e torturá-las”, completou.
A expectativa é que com a decisão do IPS, o sexo gay também deixe de ser considerado crime, através da seção 377, do código Penal local. ”A declaração da IPS será um argumento eficaz no tribunal para desafiar os órgãos que apoiam a criminalização da homossexualidade com base em pontos de vista religiosos”, afirmou o ativista Vikram Doctor, em Mumbai.