O cantor Johnny Hooker criticou o cancelamento do seu show que faria na 17ª Parada da Diversidade de Teresina, que acontece no próximo dia 02, e na qual seria a atração principal, mas por causa das ameaças que o artista passou a sofrer após afirmar que “Jesus é travesti” no Festival de Inverno de Guaranhuns (FIG), no último dia 27, foi substituído pela drag queen Pabllo Vittar.
Em entrevista ao UOL, no 29º Prêmio da Música Brasileira, no Rio de Janeiro, o músico explicou o que quis dizer com a declaração polêmica. “Eu não disse que era. Eu disse que é. É diferente. Não falei da figura histórica, e sim do que a figura representa.”
Hooker ressaltou que o cancelamento do show não foi um pedido seu. “Não foi uma decisão minha cancelar o show em Teresina, foi uma decisão deles”, contou. “Eu acho delicado, porque abre um precedente ruim para a comunidade LGBT no Brasil. A gente não pode dar a vitória para pessoas com discurso de ódio nem extremistas”, opinou.
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O grupo Matizes, responsável pela organização anunciou a alteração na atração principal do evento em nota, informando que a decisão de cancelar o show do pernambucano seria por não conseguir garantir a segurança do artista no palco.
“O cantor Johnny Hooker não se apresentará mais no show de encerramento da 17ª Parada da Diversidade, vez que os órgãos de segurança e tampouco o Matizes, dispõem de mecanismos para evitar que as ameaças de “dar uma surra”, “rebolar pedras”, “queimar esse bicho vivo” (sic) sejam concretizadas por aquelas pessoas que as fizeram, haja vista que o evento acontece em espaço aberto”, diz um trecho do comunicado.