A autorização do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que dá direito as pessoas trans de votar nas eleições de 2018 utilizando o nome social no título de eleitor, não atraiu as mulheres que fazem parte desta população em Dourados, cidade localizada na região centro-oeste do Mato Grosso do Sul.
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Das 150 cadastradas na Associação de Gays, Lésbicas e Travestis de Dourados (AGLTD), apenas sete solicitaram para mudar o nome no título eleitoral, que teve o prazo encerrado no último dia 09 de maio. À presidente da entidade Claudia Assunção acredita que a baixa procura está relacionada com a insegurança.
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“As travestis sentem muito medo pelos constrangimentos que passaram ao longo da vida”, apontou ao site Dourados Agora. “A Associação tem alertado e motivado que busquem seus direitos, mas, muitas vezes, elas querem que a gente tome a frente e faça por elas. Nem sempre isso é possível. Temos uma barreira para ultrapassar que ainda é o medo do preconceito”, alertou.
Claudia ressalta no entanto que a a possibilidade de troca do nome no título eleitoral é de fundamental importância. “Sempre que se apresenta o documento com o nome masculino, as travestis se sentem constrangidas. Essa possibilidade de se usar o nome social é uma grande vitória que temos que comemorar, até como forma de acabar com os constrangimentos e preconceito.”