A cena na qual Ionan (Armando Babaioff) e Maura (Nanda Costa) se beijam no último capítulo de Segundo Sol, exibido no sábado (25), levantou uma discussão nas redes sociais, por sugerir uma espécie de “cura gay“ da policial que até então sempre se definiu como lésbica.
A aproximação dos colegas de trabalho começou após a agente ter sido expulsa de casa pelo pai Agenor (Roberto Bonfim), que sempre teve uma postura machista e homofóbica, ao descobrir que ela mantém um relacionamento com Selma (Carol Fazu). Morando juntas, o casal lésbico decidiu ter um filho e passar pelo processo de inseminação artificial e Ionan se ofereceu para ser o doador de sêmen.
Mesmo resistindo no início, Selma decidiu ceder e aceitou a proposta, e por este motivo, o caso ganhou outras proporções, ao policial se portar como um dos pais da criança e se envolver nas decisões em torno do bebê, além da sua esposa ciumenta, Doralice brigar com os dois ao descobrir que o marido fez tudo sem o seu consentimento.
A sequência que encerrou o folhetim no sábado dividiu as opiniões dos internautas, que se mostraram descontentes por entender que a trama tenta promover uma espécie de “cura gay”, medida que iria contra a luta pelos direitos LGBT.
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“Primeiro que desde o começo a Maura afirmou ser lésbica, desde o começo da novela eles vieram reforçando que ela seria lésbica e agora tá com um homem? Gente, tá tudo errado o roteirista não soube montar a personagem era só ter dito desde o começo que ela era bi!”, opinou uma internauta.
Em contrapartida, outros defendem o folhetim de João Emanuel Carneiro. “gente, essa narrativa de #segundosol em volta de “maura e ionan” é justamente pra mostrar que nossa sexualidade PODE ser fluida. calma aí, o que tem de cura gay nisso se na história não falava COM CERTEZA que a maura era lésbica? ela não pode ser bi, não?”, questionou outro.
“e essa novela #SegundoSol acaba ofendendo não só a nós lésbicas como também às bissexuais, que acabam sendo mais uma vez representadas como incapazes de serem fieis e de manter uma relação monogâmica”, escreveu uma terceira.