Na última segunda-feira (15/07), Otávio Mesquita, de 65 anos, relembrou o início da sua carreira durante entrevista no programa Roda Viva, da TV Cultura e atribuiu seu sucesso ao público LGBTQIAPN+.
O apresentador lembrou das extintas revistas voltadas ao público adulto, Sexy e G Maganize e também a cobertura do Gala Gay, nos anos 1980, famoso baile de Carnaval, que tinha como objetivo representar a diversidades LGBTQIAPN+ na folia.
O comunicador contou que a oportunidade de virar repórter surgiu devido à ausência de outro profissional para o cargo. Na época, ele estava com 20 anos e era contato publicitário da Bandeirantes, decorando o texto em alguns minutos para entrar ao vivo.
“Ninguém queria fazer o Gala Gay naquela época. Fiz e fui muito elogiado. Somos todos iguais perante a lei, sem distinção de sexo, cor, raça ou credo. Eu não tinha nada contra os gays, obviamente. Qual o problema?”, relembrou.
“A revista Sexy vendia tão bem quanto a Playboy”, destacou na atração, especialmente com a edição que trouxe Roberta Close na capa, após sua cirurgia de redesignação sexual.
“Quando vi que grandes anunciantes estavam presentes, quis trazer para o Brasil e falei com um amigo meu. Nada contra a revista, era algo voltado para os gays, saí para não ter problema”, afirmou.
“Se estou onde estou, devo aos meus pais, à minha capacidade de ser uma pessoa simples e aos gays, que me levaram para cima. Perguntam: ‘Você é gay?’ Não, óbvio, os adoro e todos me respeitam”, garantiu.
Há 40 anos na TV, Otávio passou pela Bandeirantes, Record TV, Manchete, RedeTV! e hoje apresenta o Operação Mesquita, nas madrugadas do SBT.
Confira, abaixo, o momento: