MEDALHA DE OURO!

Brasil lidera em número de atletas homens assumidamente gays nas Olimpíadas de Paris

Os atletas olimpícos Arthur Nory, Nick Albiero e Rayan Dutra - Reprodução/Instagram/Montagem
Os atletas olimpícos Arthur Nory, Nick Albiero e Rayan Dutra - Reprodução/Instagram/Montagem

Começa oficialmente nesta sexta-feira (26/07) os Jogos Olímpicos de Paris 2024. Mesmo com alguns esportes já com disputas acontecendo, é com a cerimônia de abertura que consideramos o início de mais uma edição. E o Brasil é o país que tem mais atletas homens assumidamente gays ou bissexuais.

De acordo com as informações do banco de dados do OutSports, neste ano, três esportistas brasileiros são assumidamente da comunidade LGBTQIAPN+, são eles: Arthur Nory, Rayan Dutra e Nick Albiero. Vale destacar, que a pesquisa não leva em consideração eventuais atletas que não se assumam publicamente, em suas redes sociais.

Nory do Pinheiros, vai para sua terceira Olimpíada. Aos 30 anos, ele é um dos nomes de referência do Brasil na ginástica artística. Paris 2024 será a segunda partição do atleta em Olimpíadas. Na edição do Rio, em 2016, ele conquistou o bronze no solo, além de um ouro na competição por equipes dos Jogos Pan-Americanos de Lima, em 2019.

Já Rayan, da ginástica de trampolim, e o nadador Nick farão suas estreias. Os dois são atletas do Minas Tênis Clube. Nick Albiero se assumiu gay ainda nos Estados Unidos, onde nasceu e luta por uma maior representatividade no esporte. Ele é filho do treinador brasileiro Arthur Albiero, de enorme sucesso na natação no território americano, e também chegou a defender a seleção norte-americana. No ano passado, fechou com o clube mineiro e pediu a mudança de nacionalidade esportiva para representar o Brasil no evento esportivo.

O Brasil tem outros atletas assumidamente gays ou bi, mas que não estão em Paris, na França. Protagonista em Tóquio e medalhista no Rio, Douglas Souza rejeitou fazer parte da lista de convocados de Bernardinho no vôlei. O treinador optou por incluir Maique, líbero, na lista final.

O país está entre os líderes em números de esportistas. Além dos três, a lista inclui 21 mulheres, entre elas as medalhistas olímpicas Rafaela Silva, Ana Marcela Cunha e Beatriz Ferreira, que inclusive disputa os Jogos na companhia da noiva, a velocista Ana Carolina Azevedo.

Em Tóquio, o país tinha 18 atletas assumidamente LGBT+. Na época, atletas como Gabi e Rosamaria, do vôlei, não estavam listadas, mas agora fazem parte do levantamento.

Vale destacar, que apesar do avanço social dos últimos séculos, ainda é possível que tenhamos participantes que não falam abertamente sobre sua sexualidade, inclusive por legislações anti-LGBTQIAPN+ em seus próprios países.