Uma mulher trans de 37 anos que cumpria pena na penitenciária masculina de Várzea Grande, em Mato Grosso, morreu na quinta-feira (25/07) após ser espancada a pauladas por outros detentos.
Gabi recebeu recebeu os primeiros socorros na unidade e foi transferida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ao Pronto-Socorro de Várzea Grande, onde foi internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas não resistiu. A vítima foi golpeada diversas vezes e sofreu múltiplas fraturas e lesões, especialmente no rosto, crânio e região lombar.
Os dois suspeitos pelas agressões, registrados na última segunda-feira (22/07), foram identificados pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (SESP-MT). Os agressores foram encaminhados à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá, que investiga o caso. A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) também foi acionada.
Gabi estava em uma ala LGBTQIAPN+ do bloco de trabalhadores, e o crime pode ter ocorrido durante o horário de almoço, momento de convivência entre os reeducandos. Conforme informações preliminares, o caso não se trata de crime de transfobia.
Vale ressaltar que o Senado Federal aprovou no dia 22 de maio deste ano, uma proposta que obriga a construção de espaços específicos para a população LGBT+ dentro das prisões brasileiras. A proposta seguiu para avaliação da Câmara dos Deputados.