Nos últimos anos, os termos “diversidade” e “inclusão” têm ganhado destaque nos debates sociais, especialmente quando se trata dos direitos das minorias. Esses conceitos abrangem uma variedade de grupos, incluindo Pessoas com Deficiência (PcDs), membros da comunidade LGBTQIAP+, indígenas e negros. Tanto no Brasil quanto em todo o mundo, a busca por igualdade e representatividade tem sido uma pauta importante.
No final de 2022, o Brasil enviou representantes dos setores público, privado e da sociedade civil para o encontro “Diversidade, Igualdade e Inclusão: Movimentos de Direitos Humanos para Alcançar a Ambição 2030” em Genebra, na Suíça. Esse evento teve como foco discutir desafios relacionados à valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil.
A temática abordada é relevante, pois dialoga com questões de justiça social, inclusão e direitos humanos, especialmente no contexto educacional. A Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) reconhece o direito à educação como fundamental, garantindo acesso igualitário e qualidade para todos.
“As principais discussões no encontro em Genebra abordaram questões relacionadas à diversidade, igualdade e inclusão. Os representantes brasileiros dos setores público, privado e da sociedade civil debateram estratégias para promover a igualdade de oportunidades e o respeito aos direitos humanos. Tópicos como educação inclusiva, valorização de comunidades tradicionais e combate à discriminação foram centrais nas conversas. O evento visou fortalecer ações conjuntas em prol de uma sociedade mais justa e equitativa”, explica o ativista e Dr. Nilton Serson.
Uma pesquisa conduzida pela consultoria Mais Diversidade com o objetivo de mapear o perfil da comunidade LGBTQIA+ no mercado de trabalho revelou que mais da metade dos entrevistados (54%) não se sente seguro para discutir abertamente sua orientação sexual ou identidade de gênero no ambiente profissional.
Em entrevista à CNN, Ricardo Sales, sócio-fundador da Mais Diversidade, explicou como essa situação pode afetar os relacionamentos e até mesmo a produtividade desses profissionais. “Os líderes devem assumir uma posição de destaque, integrando a diversidade e a inclusão como parte fundamental do propósito da organização. Além disso, é essencial que eles sejam exemplos da cultura desejada e cultivem a autoconsciência, reconhecendo seus próprios preconceitos e vieses para abordá-los de maneira eficaz. Assumir uma postura proativa em relação às metas é fundamental”, analisa.
É fundamental que as empresas tenham políticas claras de valorização da diversidade. Isso inclui a criação de programas de recrutamento que alcancem grupos minoritários, bem como a promoção de um ambiente de trabalho inclusivo. Além disso, é importante abordar crenças e preconceitos dentro das equipes, promovendo a conscientização e a educação.
A integração é essencial para criar um ambiente acolhedor. Dinâmicas de grupo, confraternizações e projetos conjuntos são maneiras de estimular a troca de experiências e o respeito às diferenças. Isso fortalece a inclusão e ajuda a construir relacionamentos sólidos entre os colaboradores.
“Promover a diversidade e inclusão não é apenas uma questão de responsabilidade social; é uma estratégia para impulsionar a inovação, a criatividade e o sucesso organizacional. Vamos continuar trabalhando juntos para criar ambientes mais justos e igualitários”, finaliza Nilton.