Na última terça-feira (03/09), durante coletiva de imprensa no Festival de Veneza, Daniel Craig, de 56 anos, destacou a importância da dança como preparação para cenas íntimas em novo filme, Queer, clássico LGBTQIAPN+ escrito por William S. Burroughs, adaptado por Luca Guadagnino, que dirigiu Me Chame Pelo Seu Nome (2017).
O longa se centra em um drama histórico, acompanhando um expatriado norte-americano chamado Lee (Daniel Craig). Após fugir de uma apreensão de drogas em Nova Orleans, na década de 1940, ele se dirige à Cidade do México.
Por lá, começa a frequentar bares e clubes que eram, à época, superfrequentados por universitários americanos, soldados dispensados e outras pessoas às margens da sociedade, sobrevivendo na base de trabalhos de meio período e benefícios governamentais. É nesse ambiente em que conhece Allerton (Drew Starkey), viciado em drogas e ex-oficial da Marinha que se torna seu amigo e amante.
O ator expressou que, devido à presença de muitas pessoas no set, não há intimidade real durante as filmagens das cenas de sexo. “Você sabe tão bem quanto eu, não há nada de íntimo em filmar uma cena de sexo em um set de filmagem. Há uma sala cheia de pessoas assistindo você”, destacou.
“Nós só queríamos fazer isso o mais tocante, real e natural possível. Drew é um ator maravilhoso, fantástico e lindo para se trabalhar e nós meio que rimos. Tentamos fazer isso divertido”, acrescentou.
Na sequência, o veterano compartilhou que a dança foi fundamental para desenvolver a química com seu par romântico. “Há uma parte da coreografia no filme que é muito importante. Drew e eu passamos meses ensaiando antes de começar a filmar. Dançar com alguém durante meses é ideal para quebrar o gelo”, afirmou.
Brincando, Drew Starkey reforçou sobre como os passos de dança ajuda a criar proximidade e intimidade para essas cenas: “Rolar no chão com alguém, apenas dois dias depois de ele ter sido apresentado a você, é uma boa maneira de nos conhecermos melhor”.
Além de Craig e Starkey, também estarão no elenco nomes como Omar Apollo, e o brasileiro Henry Zaga. Gravado em abril de 2023 em Roma, a obra ousada possui uma duração aproximada de 3 horas e é esperado para gerar debates sobre temas como sexualidade, desejo e autodestruição.
Com uma abordagem sensível e realista, a produção promete provocar reflexões e debates sobre questões atuais e relevantes para a sociedade contemporânea. Ainda não há previsão de estreia para Queer.