69: Romance de Ficção Queer | Com crítica a homofobia, livro promove o respeito a diversidade

O livro conta a história de um casal homossexual que é separado pela opressão da Igreja e do Estado
O livro conta a história de um casal homossexual que é separado pela opressão da Igreja e do Estado

A homossexualidade tem se tornado um assunto cada vez mais discutido no Brasil e no mundo. Ao mesmo tempo em que o tema ganha força e essa comunidade busca mais aceitação e respeito da sociedade, dados mostram que o Brasil se tornou líder das Américas em assassinatos de LGBTs. Segundo o relatório da ILGA (Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros e Intersexuais) foram 340 mortes por motivação homofóbica em 2016.

Para levantar essa causa, livros, filmes e novelas estão falando sobre as dificuldades e desafios enfrentados pela comunidade LGBT. Tendo em vista essa oportunidade Eidi Thoreau, 27, produziu a obra “69:Romance de Ficção Queer”.

“O livro conta a história de um casal homossexual que é separado pela opressão da Igreja e do Estado, e evidencia situações difíceis enfrentadas por homossexuais, bissexuais, transexuais, intersexuais, assexuais e não-binários lutando pelo direito de serem diferentes”, afirmou o Eidi.

A obra narra um caso de amor onde um dos envolvidos é morto por causa da homofobia e o outro, seu amado, reúne todas as forças para lutar contra esse preconceito. Por mais que possa parecer uma história de amor como muitas, o livro não pretende ser óbvio.
Percebe-se isso logo no início, já que começa no funeral do jovem homossexual, que foi morto por conta do preconceito. Depois o autor promove a empatia com os personagens falando sobre os anos que antecederam a morte, e o encontro do casal protagonista.

O “69: Romance de Ficção Queer” pode ser classificado de diversas formas, como: romance, drama, ficção e comédia, tudo junto. Romance por contar em prosa a história de personagens em luta pela validação de seu afeto. Também pode ser classificado como ficção, porque os personagens e o enredo são fictícios. Além disso, também é um Queer, por falar de personagens que são sobreviventes dos padrões heterossexuais da sociedade.
Queer é um conceito recente (1980-1990) que surgiu para falar sobre desconstrução de gênero. De uma forma geral, busca ir além das teorias baseadas nas oposições homem x mulher e também realizar estudos aprofundados sobre as minorias sexuais.

O objetivo dessa mistura de gêneros é retratar a diversidade das pessoas e também a diversidade da vida. É em busca do respeito às diferenças que os personagens enfrentam o momento mais difícil de suas vidas. E será que eles vão conseguir tornar legítima a luta contra a homofobia e fazer com que o amor prevaleça?

Em uma época de muita intolerância e diversas manifestações, o livro nasce como uma reação artística à fobia social. É um romance reflexivo que provoca debates sobre a sociedade e a relação com a homossexualidade. Ainda evidencia que não existem posições definitivas quando falamos sobre pessoas e suas diferenças, tudo é muito relativo e existem muitas possibilidades.

O objetivo do autor é deixar o leitor intrigado, com muitas perguntas e indagações sobre o assunto e suas atitudes. A principal mensagem do texto é: “Resistir é preciso. Amar, ainda mais.” Com essa premissa, 69 tem o amor como foco para entendermos e aceitarmos as diferenças.

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