FALECIMENTO

Morre Gavin Creel, estrela da Broadway e ativista LGBTQIAPN+, aos 48 anos

Artista premiado por suas interpretações no palco e nas telinhas foi vítima de um câncer de pele metastático

Gavin Creel - Divulgação
Gavin Creel - Divulgação

Gavin Creel morreu na última segunda-feira (30/09), aos 48 anos. Sua morte acontece dois meses depois dele receber o diagnóstico de um sarcoma melanótico metastático da bainha do nervo periférico, um câncer raro no nervo. O falecimento foi confirmada pelo companheiro do ator, Alex Temple Ward.

O artista estrelou diversas produções de sucesso na Broadway, como Caminhos da Floresta, La Cage aux Folles, além das peças da West End – a clássica rua dos teatros de Londres –, como Mary Poppins e Waitress.

Recebeu em 2017 o Tony Awards, considerado o Oscar do teatro americano, na categoria Melhor Ator Coadjuvante em Musical, por seu desempenho em Alô, Dolly!. Além disso, ele recebeu indicações por seus papéis em Hair e em Thoroughly Modern Millie.

Também trabalhou em filmes e séries de TV, atuando em produções como Eloise no Plaza (2003), O Natal de Eloise (2003), As Enroladas Aventuras da Rapunzel (2017) e American Horror Story (2021).

Além de trabalhar nos palcos e em frente às câmeras, em 2006, Creel lançou seu primeiro álbum pop, Goodtimenation. Em 2012, o multiartista lançou um segundo álbum, Get Out. Inclusive, em She Loves Me, ele estrelou o primeiro musical da Broadway transmitido ao vivo.

Gavin Creel também teve uma presença significativa em movimentos sociais, especialmente em defesa dos direitos LGBTQIAPN+. Ele co-fundou a organização Broadway Impact, que apoiava o casamento entre pessoas do mesmo sexo nos Estados Unidos. O ator também falava frequentemente sobre os desafios de crescer em um ambiente “supercristão” e como isso influenciou tanto sua vida pessoal quanto sua carreira artística.

Em entrevista ao podcast de Bobby Steggert, The Quiet Part Out Loud, ele destacou que uma das cicatrizes dessa parte de sua vida é “até hoje tentar desprogramar a dor que a igreja me causou e ter uma aversão enorme à religião organizada e às maneiras como ela se infiltra nas leis e escolas”.