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Linn da Quebrada, de 34 anos, falou pela primeira vez sobre sua internação em uma clínica de reabilitação para tratar de um quadro grave de depressão. Cantora e compositora fez uma transmissão ao vivo na última sexta-feira (11/10).
Segundo ela, os sinais de que algo não estava bem foram aparecendo com cada vez mais intensidade. “Eu ficava o dia todo na cama, muitos pensamentos intrusivos”, contou.
A artista disse que relutou para aceitar a internação e que contou com a ajuda de amigos e família. “Quando eu fui internada, foi por intervenção de pessoas que gostavam muito de mim. Elas me proporam a internação. Eu digo que eu não aceitei, eu relutei muito. Primeiro, pensando: ‘eu vou parar minha vida?’. Um sentimento de vergonha muito grande, de culpa por ter me deixado chegar nessa situação”, destacou.
“Tudo o que s gente passa na vida, tem que passar por ele, viver, dar o primeiro passo, encarar o problema. Muitas vezes, eu estava tentando fugir do meu problema, fugir de mim. Só admitindo que eu estava perdida, era que eu poderia me reencontrar”, acrescentou.
Linn afirmou que estava com dificuldade para se relacionar e se aproximar das pessoas. “Eu aprendi a me relacionar equivocadamente comigo, com os meus sentimentos. Exigia potência, força, eu inventei a Linn da Quebrada para que ela pudesse me dar mais força, passar por dificuldades que sozinha eu não conseguia. Hoje, passando por esse momento, é pensar de um modo como se eu fosse saudável, como se meus pensamentos me ajudassem e não me jogassem pra trás”, admitiu.
“A vida exige de mim agora muita coragem, para que eu admita que eu estava com dificuldades, um vazio, eu estava adoecendo as pessoas à minha volta, eu não estava sendo justo com as pessoas ao meu redor, honesto com vocês e nem comigo. Ninguém sabia como lidar”, continuou.
“A internação foi um período em que eu pude, no dia a dia, ser apenas a Lina Pereira, para que ela pudesse aprender um modo de viver saudável. Eu tinha muitas questões sobre a medicação (…) agora, estou em um momento de ressocialização. Por muito tempo, eu vivi abraçando o caos e hoje sei que não estou sozinha”, finalizou.
Confira, abaixo, o desabafo na íntegra:
