Censura!

Censura aos Livros LGBTQIA+: A Guerra que Eles Não Querem Que Você Veja!

Descubra como a batalha pela liberdade de leitura está sendo travada nas sombras – e por que isso afeta você mais do que imagina.

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Saudações literárias! Aqui, cada palavra carrega a força da diversidade e da representatividade LGBTQIAPN+.

Em tempos em que a censura tenta calar vozes, o Freedom to Read Day of Action, organizado pela Associação Americana de Bibliotecas (ALA), surge como um grito de resistência em um cenário mundial cada vez mais sombrio para a literatura diversa. No dia 19 de outubro de 2024, essa iniciativa busca mobilizar a sociedade em torno da defesa de uma liberdade essencial: a de ler e de conhecer realidades que muitas vezes fogem dos padrões conservadores. Livros que abordam temáticas LGBTQIA+, raciais e questões de gênero se tornaram os maiores alvos desse ataque ideológico que não é restrito aos Estados Unidos, mas ecoa de forma preocupante em vários cantos do mundo – inclusive no Brasil.

A liberdade de leitura, um dos pilares da democracia, está sendo corroída por uma onda conservadora global. Nos Estados Unidos, o movimento de censura avança, visando banir livros que celebram a diversidade. O ataque não se restringe ao outro lado do hemisfério. Aqui, no Brasil, assistimos com indignação a remoção de livros de escolas públicas, sob a alegação absurda de que esses conteúdos “incentivam a sexualização precoce” ou são “moralmente inadequados”. Em 2023, nove livros foram retirados das bibliotecas escolares de Santa Catarina, com temáticas que incluem diversidade familiar e violência, sendo alvos de um puritanismo cego e retrógrado.

Essa tentativa de silenciamento de vozes dissidentes não é um fenômeno novo, mas seu recrudescimento em espaços onde o pluralismo deveria ser protegido é preocupante. Um dos episódios mais emblemáticos foi o ataque sofrido pelo livro Outono de Carne Estranha, de Airton Souza, durante a Flip de 2023. O trecho lido pelo autor, que retratava uma relação homoafetiva, gerou um desconforto tão grande que resultou em uma investigação do Sesc Nacional, levando até à reformulação do Prêmio Sesc de Literatura, do qual a obra foi vencedora. Essa tentativa de censura escancarou o quanto o Brasil também se vê refém de ideologias que buscam normalizar o apagamento de narrativas que incomodam. O que é mais assustador, no entanto, é a capacidade de governos e instituições conservadoras de utilizar de sua força para moldar o que é ou não aceitável na sociedade, apagando representações que não se encaixam em suas estreitas visões de mundo.

E assim, vemos o Brasil entrar no mesmo ciclo perigoso de apagamento de narrativas que desafiam o status quo. A censura de livros é mais do que uma simples proibição – é uma tentativa de moldar mentalidades, de controlar o que pode ou não ser discutido, lido, entendido. É, na essência, um ataque à liberdade de pensamento e à própria ideia de democracia. Ao censurar obras LGBTQIA+ ou que tratam de temas raciais, essas instituições não estão apenas atacando autores e leitores, mas também reforçando um mundo limitado, onde só há espaço para uma única visão.

A ação da ALA, por meio do Freedom to Read Day of Action, surge como um farol nesse mar de tentativas de silenciamento. Precisamos, mais do que nunca, de iniciativas que nos lembrem que a liberdade de leitura não é um privilégio, mas um direito. E esse direito está sendo brutalmente atacado não apenas nos Estados Unidos, mas em nosso próprio país, onde as cicatrizes da censura continuam a ferir profundamente nossa cultura e nossa democracia.

Nos vemos entre as páginas e palavras que ressignificam o mundo. Até o próximo encontro literário!

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