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Tertuliana Lustosa, de 28 anos, causou polêmica ao fazer uma performance erótica durante uma mesa redonda realizada nesta quinta-feira (17/10), na Universidade Federal do Maranhão (UFMA). O episódio aconteceu durante uma palestra do seminário initulado Dissidências de gênero e sexualidades, organizado pelo Grupo de Pesquisa Epistemologia da Antropologia, Etnologia e Política (Gaep).
Ela foi convidada pelo Grupo de Pesquisa Epistemologia da Antropologia, Etnologia e Política (Gaep). Em determinado momento do evento, ela subiu em uma cadeira e começou a dançar um brega funk, intitulado Educando com o C*, na bancada dos palestrantes. Na performance, ela chegou a mostrar a bunda para a plateia.
Mas, afinal, que é essa travesti, que se destaca tanto na área acadêmica quanto no âmbito artístico. Graduada em História da Arte pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), e mestranda no Programa Multidisciplinar de Pós-graduação em Cultura e Sociedade do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Prof. Milton Santos, ela também é pesquisadora mestranda em Cultura e Sociedade pela Universidade Federal da Bahia (UFBA).
Tertuliana, que nasceu no interior do Piauí e foi criada em Salvador, também é vocalista da banda A Travestis. A carreira musical começou de forma despretensiosa, ela costumava criar paródias de hits do “pagodão baiano” para vender brigadeiros nas praias e, com a aceitação do público, decidiu gravar o primeiro single. A cantora e compositora ganhou notoriedade e já gravou com outros artistas, entre eles, Pabllo Vittar, com quem tem a música Tímida.
No YouTube, o canal da banda de pagode tem mais de 40 mil inscritos. Um dos destaques do A Travestis é, justamente, a música que viralizou durante a palestra na UFMA. Murro na Costela do Viado, Sadomasoquista e Errexota são algumas das canções que também canta à frente do grupo.
Antes de se tornar vocalista, ela chegou a atuar como DJ de funk em festas LGBTQIAPN+ no Rio de Janeiro. A artista chegou à capital baiana logo após se formar em História da Arte na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). A vida acadêmica de Tertuliana Lustosa conta com a publicação de um ensaio chamado “Manifesto Traveco-Terrorista” que, segundo a descrição da obra, é um texto provocativo e subversivo que busca desconstruir normas sociais e desafiar o poder estabelecido.
A expressão “traveco-terrorista” é intencionalmente polêmica, visando chocar e chamar atenção para a violência simbólica e física sofrida pela comunidade LGBTQIA+. A obra foi finalista do Prêmio PIPA, criado para destacar as principais artes visuais do país.
No seu Instagram, onde tem mais de 33 mil seguidores, Tertuliana fala sobre diversos temas, envolvendo sexualidade e liberdade. Atualmente, ela também vende conteúdo adulto no Privacy, onde oferece fotos e vídeos sensuais por uma assinatura de R$ 50.
