O filme Queer, estrelado por Daniel Craig e dirigido por Luca Guadagnino, estreou nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (12). Este é o segundo filme de Luca Guadagnino lançado neste ano, após o sucesso de bilheteria de “Rivais”, com Zendaya, Josh O’Connor e Mike Faist.
Inclusive, Guadagnino tem se mostrado um contador de histórias com muita representatividade LGBTQIA+. Seu primeiro sucesso, “Me Chame Pelo Seu Nome”, de 2017, caiu no gosto do público e ficou no inconsciente coletivo. Afinal, quem não se lembra da memorável cena de Elio (Thimothé Chalamet) chupando um pêssego?
Quem é Luca Guadagnino
“Rivais”, lançado este ano, já apareceu na retrospectiva Grindr Unwrapped 2024 entre os assuntos mais comentados no aplicativo. Isso porque o bromance entre Art (Mike Faist) e Patrick (Josh O’Connor) foi parar no 5º lugar entre tópicos mais relevantes do ano.
“Queer” é o segundo filme de Lua Guadagnino a adaptar um romance literário. Em “Me Chame Pelo Seu Nome”, o diretor contou a história de Elio e Oliver, publicada em 2007 por André Aciman.
Agora, no entanto, Guadagnino adaptou o clássico da literatura beat “Queer” de William S Burroughs, cuja primeira publicação data de 1985. Embora publicado na década de 1980, Queer foi escrito em 1952, mas teve que aguardar publicação por conta da explícita temática homossexual.
Queer: recepção e crítica
O crítico de cinema Alberto Barbera afirmou que o novo projeto do cineasta é “seu melhor filme”. Em entrevista à Vanity Fair, Barbera teceu elogios à atuação de Craig e à ousadia na estética de Guadagnino. “É um filme muito pessoal, muito original, lindo do ponto de vista visual. E todas as performances são absolutamente extraordinárias”, disse o crítico.
Para Barbera, tanto Craig quanto Joaquin Phoenix, em “Coringa: Delírio a Dois”, entregaram as melhores performances do ano. “[Craig] interpreta um homem gay de uma maneira muito direta e corajosa, incluindo algumas cenas de sexo que são bastante intensas. Acho que é a melhor performance da carreira dele até agora”, argumentou ele.
Sexo em cena
Os protagonistas do longa-metragem são Daniel Craig, que interpreta o alter-ego de Burroughs, William Lee, e Drew Starkey, que dá vida a Eugene Allerton. Lee é um expatriado norte-americano que perambula pela Cidade do México atrás de drogas. Ele conhece Allerton, que foi expulso da Marinha americana por ser viciado em psicoativos.
As cenas de sexo gay entre Lee e Allerton foram elogiadas pela crítica pelo bom gosto da direção e a coragem dos atores, Craig e Starkey. Em The Daily Beast, o jornalista Barry Levitt comentou sobre a famosa cena de sexo oral entre as personagens do filme. “Queer está colocando o sarrafo no que podemos esperar do desejo gay no cinema. A televisão parece ter liderado o caminho para o sexo queer em programas como Fellow Travelers, e graças a essa cena poderosa [em Queer], o cinema está finalmente alcançando”, disse ele.