Reflexão

A extrema-direita saiu do armário do ódio

A polarização de uma sociedade doente

LGBTQIAPN+
LGBTQIAPN+ | Reprodução

Parece cena de filme de terror, mas a realidade sempre foi assim, cruel e medieval.

A humanidade insiste em repetir os erros do passado, como nos tempos da Inquisição. Por que tanta obsessão com a sexualidade alheia?

A repetição de padrões sombrios, como os da Inquisição, torna a realidade contemporânea um pesadelo. Por que, em pleno século XXI, a humanidade continua presa a julgamentos medievais? A sexualidade, expressão fundamental da identidade humana, é alvo de tanto preconceito e intolerância?

A ascensão da extrema-direita no mundo tem objetivos bem claros e diretos, um deles é acabar com os direitos  e a paz da comunidade LGBTQIAPN+.

A extrema-direita no Brasil, trouxe consigo um projeto político que busca desmantelar direitos e conquistas corações e mentes com um discurso pautado pelo conservadorismo extremo. No centro dessa agenda, está o ataque sistemático às conquistas das populações LGBTQIAPN+, colocando em risco décadas de lutas .

Esse movimento não é fortuito. O ataque aos direitos LGBTQIAPN+ é uma estratégia que opera em várias frentes: a negação dos direitos civis, o estímulo à intolerância religiosa e cultural, e a criminalização de corpos e amores dissidentes.

 Ao atacar essa parcela da população, a extrema-direita reforça sua base eleitoral conservadora, mobilizando discursos de “moralidade” e “defesa da família.

Além disso, o avanço da extrema-direita alimenta um ambiente de violência. O Brasil já liderou os rankings globais de violência contra pessoas LGBTQIAPN+, e a retórica de ódio promovida por figuras públicas legitima agressões físicas .

A luta contra essa ofensiva requer resistência ativa, organização e união entre os movimentos sociais, parlamentares progressistas e a sociedade civil. É necessário ocupar espaços de poder, exigir políticas públicas inclusivas e denunciar constantemente o avanço de narrativas que ameaçam os direitos básicos conquistados .

Permitir o retrocesso significa comprometer não apenas os direitos das leis LGBTQIAPN+, mas o próprio princípio de uma sociedade democrática, diversa e igualitária. A luta não é apenas de uma parcela, é de todas as pessoas que acreditam na liberdade.

A partir de um discurso conservador e moralizante, esse movimento político busca desconstruir as conquistas históricas da comunidade, retrocedendo décadas de lutas e colocando em risco a vida e a dignidade de milhões de pessoas.

A estratégia da extrema-direita consiste em negar os direitos civis, estimular a intolerância e a violência, e criminalizar corpos e amores dissidentes. Ao demonizar a diversidade sexual e de gênero, essa força política consolida sua base eleitoral conservadora, manipulando conceitos como ‘moralidade’ e ‘família tradicional’ para justificar a discriminação e a violência.

Para compreender a profundidade desse fenômeno, é fundamental analisar as raízes históricas e sociais que o sustentam. O conservadorismo religioso, presente em setores da sociedade brasileira, tem sido instrumentalizado por grupos de extrema-direita para justificar a homofobia, a transfobia e a lesbofobia.

A construção de uma narrativa moralizante, que associa a homossexualidade, a bisexualidade e a identidade de gênero à imoralidade e à perversão, serve como base para a legitimação de práticas discriminatórias e violentas.

Além disso, a polarização política e a disseminação de fake news nas redes sociais têm contribuído para a radicalização de posições e a intensificação do discurso de ódio. A construção de um inimigo interno, representado por minorias como a comunidade LGBTQIAPN+, serve como estratégia para mobilizar a base eleitoral e desviar o foco de problemas sociais mais amplos.

A violência contra a comunidade LGBTQIAPN+ tem consequências devastadoras para a saúde física e mental das vítimas. Além dos agressões físicas, as pessoas LGBTQIAPN+ sofrem com discriminação no trabalho, na escola e em espaços públicos, o que pode levar ao isolamento social, à depressão e à tentativa de suicídio.

A violência contra a comunidade LGBTQIAPN+ também tem um impacto negativo na sociedade como um todo. A criação de um clima de medo e insegurança limita a participação social de um grupo importante da população e impede o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e igualitária.

Diante desse cenário, a resistência e a luta por direitos são mais importantes do que nunca. É fundamental que a sociedade civil, os movimentos sociais e os parlamentares progressistas se unam para combater o discurso de ódio e defender os direitos da comunidade LGBTQIAPN+.

Algumas ações que podem ser tomadas para enfrentar essa situação incluem:

Denúncia da violência: É fundamental denunciar todos os casos de violência contra a comunidade LGBTQIAPN+ às autoridades competentes.

Mobilização política: A participação em manifestações, a organização de campanhas e a pressão sobre os parlamentares são formas importantes de pressionar por mudanças nas políticas públicas.

Educação: A educação para a diversidade sexual e de gênero é fundamental para combater o preconceito e promover a igualdade.

Apoio às organizações da sociedade civil: O apoio financeiro e voluntário às organizações da sociedade civil que trabalham em defesa dos direitos da comunidade LGBTQIAPN+ é fundamental para fortalecer a luta.

A luta pela igualdade e pelo respeito aos direitos da comunidade LGBTQIAPN+ é uma luta de todos nós. Ao defender os direitos dessa comunidade, estamos defendendo a democracia, a justiça e a humanidade.

A extrema-direita historicamente se valeu de discursos baseados na “moralidade tradicional” e no “resgate de valores” para mobilizar suas bases. Nos últimos anos, no entanto, o alvo desse discurso se intensificou sobre a população LGBTQIAPN+, frequentemente retratados como uma “ameaça à família tradicional”. Essa retórica não só legitima preconceitos como também busca justificar medidas legislativas que restringem direitos civis.

Em países como Rússia, Polônia, Uganda e Brasil, a extrema-direita promoveu ou apoiou legislações que visam diretamente a população LGBTQIAPN+.

A “lei contra a propaganda gay” na Rússia é um exemplo claro disso, ao proibir a disseminação de qualquer material que possa ser interpretado como favorável à homossexualidade. Na Polônia, zonas livres de “ideologia LGBT” foram declaradas em várias cidades, criando territórios onde gays e lésbicas são explicitamente marginalizados.

Essa legislação é acompanhada por campanhas de desinformação e pela deslegitimação de organizações que defendem os direitos LGBTQIAPN+. Ao controlar narrativas e sufocar o ativismo, a extrema-direita busca enfraquecer os avanços conquistados em âmbitos como uniões civis, adoção por casais homoafetivos e acesso à saúde.

Para muitas pessoas, o retrocesso representa não apenas uma perda de direitos conquistados, mas também um aumento do medo cotidiano. O impacto psicológico desse contexto é profundo, contribuindo para altos índices de ansiedade, depressão e suicídio entre jovens LGBTQIAPN+.

Apesar do cenário adverso, a resistência à extrema-direita continua a crescer. Organizações LGBTQIAPN+ em todo o mundo têm intensificado seus esforços para proteger e ampliar os direitos conquistados.

As redes sociais também desempenham um papel crucial na divulgação de informações e na exposição de abusos. Embora essas plataformas sejam frequentemente usadas para disseminar ódio, elas também servem como um espaço de articulação e apoio para a comunidade LGBTQIAPN+.

A ascensão da extrema-direita no mundo representa uma grave ameaça aos direitos humanos, em especial aos direitos de gays e lésbicas. No entanto, a história mostra que avanços sociais são conquistados e defendidos com organização, coragem e solidariedade

A ironia é que, enquanto a ciência avança a passos largos, nossa sociedade ainda se prende a valores medievais, julgando e condenando aquilo que não compreende. A sexualidade é um aspecto natural da vida, e a insistência em controlá-la é uma afronta à liberdade individual.

“Muitas pessoas aproveitaram a ascensão da extrema-direita para sair do seu próprio armário de ódio”.

Cultivemos nossas !! Eu sinto !!

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Silvia Diaz , é Atriz, Performer, Dramaturga e Roteirista. Estudou interpretação Teatral(Unirio). Graduada em Produção Audiovisual(ESAMC). Dramaturgia ,SP escola de Teatro. Apenas uma Artista que vende sonhos em dias cinzentos.E quando os dias não forem tão trevosos, ainda assim continuarei a vender meus sonhos!! Cores, abraços, afetos, lua em aquário. Fluindo . Cultivando minha Ilha.. Eu Sinto…

@silviadiaz2015

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