Túmulo de Madame Satã
O túmulo de João Francisco dos Santos, conhecido como Madame Satã, pode se tornar o primeiro patrimônio LGBTQIA+ a ser tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
O pedido de tombamento, protocolado pelo pesquisador Baltazar de Almeida, já foi aceito pelo Iphan, que iniciou os estudos técnicos no local. A iniciativa partiu de Baltazar de Almeida, morador de Angra dos Reis, ativista dos movimentos negro e LGBTQIA+ e estudante de Turismo na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).
Em justificativa, ele descobriu a ligação de Madame Satã com o território durante uma pesquisa para um roteiro turístico. “A questão do resgate de memória me encanta muito, esse saber e voltar ao passado. Então eu juntei Madame Satã, Ilha Grande, o corpo que ainda não foi exumado e fui montando esse argumento para o Iphan”, explicou Baltazar.
Para o pesquisador, a ausência de qualquer bem ligado à história LGBTQIA+ reconhecido oficialmente no Brasil é resultado de uma homofobia enraizada. “Algumas histórias são lembradas e outras esquecidas ou apagadas. E quem são essas histórias que geralmente são nomes de rua, nomes de patrimônio e quais são as histórias que não têm esse local?”, questionou.
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