Brasil deve receber certificado da OMS por reduzir casos de HIV em bebês recém-nascidos
Milhares de bebês brasileiros nasceram livres do HIV, e o Brasil deve receber ainda este ano o certificado de país que conseguiu eliminar a transmissão vertical da doença.
O pedido de certificação foi enviado em junho à Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e à Organização Mundial da Saúde (OMS) e o reconhecimento oficial deve chegar em dezembro deste ano.
“Falar de eliminação da transmissão vertical é falar de infância, de proteção e de esperança. Cada bebê que nasce livre do HIV é uma vitória coletiva. É a prova de que políticas públicas bem estruturadas salvam vidas e mudam destinos”, declarou Pâmela Cristina Gaspar, coordenadora-geral de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde.
Segundo Pâmela, o Brasil iniciou o processo em 2017, inspirado nas diretrizes internacionais da OPAS e da OMS. “O país desenvolveu um modelo próprio, que começou certificando municípios com mais de 100 mil habitantes, depois ampliou para a sífilis e hepatite B e, recentemente, incorporou também a doença de Chagas e o HTLV”, afirmou ela, que também faz outra ressalva: eliminação não significa erradicação.
“A eliminação é quando o país atinge indicadores que mostram que a transmissão vertical deixou de ser um problema de saúde pública. Para o HIV, isso quer dizer ter menos de 2% de transmissão entre mães e bebês e menos de 0,5 caso para cada mil nascidos vivos, além de coberturas acima de 95% em testagem, pré-natal e tratamento”, alertou.
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