Uma pesquisa inédita que busca compreender a diversidade de profissionais que atuam no audiovisual da Bahia, revelaram que cerca de 32% desses profissionais já perderam oportunidades ou empregos devido à identidade de gênero ou orientação sexual.

Cerca de 84% dos entrevistados afirmaram já ter sofrido algum tipo de preconceito e 40,8% relataram episódios de LGBTfobia especificamente no ambiente de trabalho com audiovisual, de acordo com dados divulgados no livro Lentes Coloridas: Profissionais LGBTQIAPN+ no Audiovisual Baiano.

A pesquisa mostrou, também, que apenas 25% consideram ter estabilidade financeira e profissional, e quase metade da amostra (48,7%) tem renda entre um e três salários mínimos. Apesar das dificuldades, o setor é composto por um público altamente escolarizado, com 73,7% possuindo ensino superior e formação específica em audiovisual.

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A pesquisa também revela que cerca de 60% dos profissionais LGBTQIAPN+ construíram suas carreiras no audiovisual baiano nos últimos dez anos, refletindo o fortalecimento recente das políticas públicas para o setor.

“Percebemos também um corte muito forte entre capital e interior, o que demonstra a necessidade de políticas de interiorização que sigam um caminho melhor do que aquele que vem sendo seguido até aqui”, destacou João Araújo, doutor em Comunicação, que conduziu a pesquisa em parceria com Maíra Bianchini e Rodrigo Lessa.