(foto: Divulgação/Rafaela Urbanin)MC Morena
Com uma trajetória de sucesso no brega funk e hits que atualmente dominam as plataformas digitais, MC Morena se consolidou como um dos principais nomes femininos de um gênero historicamente liderado por figuras masculinas e heteronormativas.
Aos 25 anos, a artista, nascida e criada em Belo Horizonte, têm conquistado o público e provocado inspiração também pela forma como se posiciona enquanto mulher LGBTQIAPN+ dentro da música.
Em entrevista exclusiva ao Observatório G, MC Morena ressaltou sua importância como figura representativa dentro da comunidade, visto que suas composições e sua estética artística são, para muitas pessoas, símbolos de liberdade e identificação, mesmo com as dificuldades na indústria.
“Acho difícil, mas me considero privilegiada por ter vários produtores desde o início da minha carreira comigo. Nunca fiquei sem lançar música, mas sinto que inspiro outras pessoas por já ter cantado em festas LGBTs e muitos dizem que canto a história deles. Acho que minha música salva pessoas como eu, fico feliz quando encontro pessoas que são do meio e relatam”, revela.
A cantora também falou sobre sua vida amorosa, e refletiu acerca do assédio que recebe, principalmente vindo de outras mulheres. “As pessoas perdem a mão, principalmente as mulheres. Eu amo, né? Eu sou de todas, elas mandam em mim. Tem sim [assédio], mas eu estou solteira. Passei por um período difícil de término há três anos, e isso me fez focar mais na carreira, e cheguei onde cheguei por conta desse foco. Estou esperando, e quando Deus quiser!”, afirma.
MC Morena continua firme e forte no brega funk, representando com orgulho sua vivência e sua liberdade. Nos palcos, nas redes sociais ou nas batidas envolventes de suas faixas, ela crava o espaço feminino e LGBTQIAPN+ que pulsa na diversidade musical do Brasil.
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