A Polícia Civil de Minas Gerais iniciou as investigações pela morte de Everaldo Gregório de Souza, de 60 anos, e Thomas Stephen Lydon, de 65, ocorridas em junho deste ano, em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce.

O casal, que possuía um relacionamento homoafetivo há mais de 30 anos, foi encontrado morto em circunstâncias inicialmente tratadas como naturais, mas as investigações mostraram que eles foram vítimas de envenenamento com fenobarbital, um sedativo de uso controlado.

Thomas morreu no dia 20 de junho, e Everaldo, seis dias depois, em 26 de junho. Inicialmente, os registros indicavam causas naturais: o americano teria morrido em decorrência de um câncer de pele, e o companheiro, após um suposto coma alcoólico.

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Os corpos, no entanto, não passaram por perícia na época, mas as dúvidas começaram a surgir no mês seguinte, quando familiares de Everaldo procuraram a polícia, e alegaram estranheza com a rapidez no enterro de Thomas e com o fato de Everaldo ter sido internado sem que os parentes fossem comunicados.

Com o avanço da investigação, a polícia pediu a exumação dos corpos, e o exame toxicológico de Everaldo confirmou a presença de fenobarbital no fígado, substância que, em alta dosagem, paralisa o sistema nervoso central e pode causar a morte.

Como suspeitos, foram presos uma mulher de 52 anos e um homem de 35 anos, apontados como os responsáveis por planejar e executar o crime. A mulher é irmã de Everaldo, e o homem, amigo próximo de Thomas, visto que eles possuíam acesso livre à casa onde o casal vivia e prestavam assistência a eles, o que facilitou a execução do plano sem levantar suspeitas iniciais.