Sabemos que existem diversos tipos de fetiches, e a forma em que eles se manifestam sobre cada ser humano, mas você já ouviu falar em digissexualidade? O termo, que surgiu por volta de 2017, define pessoas que sentem fetiche e prazer por personagens criados por inteligência artificial (IA).

Durante o programa Melhor da Noite, da Band, foi discutido como esse fenômeno reflete as complexidades das relações modernas. Segundo a análise do programa, o fenômeno é real e crescente, em que muitas pessoas acabam se apaixonando não pela máquina em si, mas pela relação que estabelecem com a IA.

O problema é que, durante esse processo, a pessoa pode perder a capacidade de discernir a realidade. Para a apresentadora Pâmela Lucciola, a ascensão da digissexualidade é um sintoma de um problema social mais profundo: a solidão. "As pessoas estão muito sozinhas a ponto de buscar uma invenção", disse ela.

O debate levantou a principal diferença entre os dois mundos: o relacionamento humano é imprevisível, ao qual exige lidar com sofrimento, alegrias, contato físico e a possibilidade de realização ou frustração, enquanto a IA oferta uma relação controlada.